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quarta-feira, 25 de julho de 2012

Testando a Honestidade


Testando a honestidade de uma nação

"Em 1997, a publicação US News and World Report realizou uma pesquisa na qual se perguntava aos norte-americanos quem "levava jeito" para ir para o céu. Bill Clinton não se saiu muito mal, com 52 por cento dos entrevistados indicando que ele seria bem recebido nos portões celestiais. A princesa Diana obteve um resultado um pouco melhor, com 60 por cento dos votos. Em segundo lugar, veio a madre Teresa, com 79 por cento. Mas quem ganhou a eleição, registrando expressivos 87 por cento? A maioria das pessoas se colocou no topo da lista celestial. Será que realmente vivemos em comunidades e países habitados quase completamente por candidatos a santos?"



A parábola do Bom Samaritano

Em 1973 os psicólogos John Darley e C. Daniel Batson da Universidade de Princeton fizeram um estudo.  Neste estudo um grupo de futuros ministros religiosos foram orientados a prepararem um sermão  com base na parábola do Bom Samaritano. Nesta conhecida história bíblica, um homen é espancado por ladrões e abandonado na rua para morrer. Diversos clérigos passam por ele, mas não param. Por fim, um bom samarintano sai do seu caminho para dar assistência e a parábola termina chamando todos para dar ajuda aos necessitados.

Após o sermão os futuros ministros eram orientados a comparecerem a um outro edifício, onde deveriam fazer a sua preleção, e sem saberem estavam sendo monitorados pelo caminho. No trajeto, passaram por um homem (na verdade um ator) que precisava de ajuda. Ele estava recostado em um portal, com a cabeça abaixada e os olhos fechados.
Quando cada participante passava por ele, o ator emitia um gemido ensaiado e tossia duas vezes.Os pesquisadores queriam saber se os futuros ministros praticariam o que pregavam e ajudariam o homem. Embora estivessem a caminho de fazer um sermão sobre a importância de ser um bom samaritano, mais da metade dos participantes passou pelo homem sem parar. Alguns, na verdade, saltaram sobre ele.
Em uma verão ligeiramente modificada desse estudo, os pesquisadores disseram ao outro grupo de futuros ministros que eles precisavam chegar ao segundo edifício o mais depressa possível. Nessas circunstâncias, o nível de ajuda caiu para apenas 10 por cento.
A experiência é muito reveladora da natureza humana, inclusive da expressiva diferença entre as palavras e os atos dos indivíduos e de como um ritmo acelerado de vida pode ajudar a criar uma cultura de indiferença.
by Frederico Porto

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