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quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Foco nos negócios… Você consegue manter?

As pessoas estão sempre preocupadas com seus próprios problemas e nem sempre faz parte de suas prioridades perceber o que é melhor para o grupo e para a empresa. É possível melhorar isso.

Manter o foco nos negócios é um desafio constante nos dias de hoje. Com a avalanche de informações e atividades a nos assolar, fica difícil diferenciar o que é prioridade e o que vai dispersar a energia. É primordial manter o foco, se você espera alcançar o sucesso em qualquer empreendimento.
Qualquer negócio precisa de foco e rumo. Conhecendo seu objetivo fica mais fácil definir o foco e saber diferenciar entre as atividades prioritárias e as atividades dispersivas. Manter o foco é saber distinguir entre prioridades e dispersão.
A regra de Pareto nos diz que 20% de que fazemos traz 80% dos resultados, enquanto dedicamos 80% do nosso tempo para realizar os 20% restantes.
Uma vez que você tome consciência desse desequilíbrio em sua vida, pode aprender a delegar e automatizar as tarefas “desimportantes” para se dedicar àquelas que de fato são prioritárias.
Qualquer pessoa pode aprender a manter o foco, e na verdade pode ser bastante divertido. É só manter um ‘diário de bordo’. Na primeira página, defina em detalhes seu objetivo, e partir daí, reserve, pelo menos, cinco minutos por dia para atualizá–lo.
Este diário pode ser um elemento poderoso de sua estratégia. Use–o como agenda, preparando e priorizando suas atividades e como um diário, anotando os resultados dos acontecimentos.
Quando você precisa distinguir entre diferentes ações para definir qual é a sua prioridade, você pode se perguntar:
– Qual alternativa me aproxima mais de meu objetivo?
– Existe alguma outra atividade que me aproxima ainda mais do meu objetivo ou que requer menos recursos (tempo, dinheiro, etc)?
– Esta atividade é importante ou urgente? Dica: procure realizar o que é importante antes que se torne urgente.
Responder estas questões é meio caminho andado. O dilema é que não estamos sozinhos e se o restante da equipe não mantém o foco e não sabe definir as prioridades, fatalmente vai acabar dispersando os recursos.
Como líder, você precisa saber motivar seu time e preparar as pessoas para definirem, elas mesmas, suas prioridades.

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

A PAZ

Certa vez houve um concurso de pintura e o primeiro lugar seria dado ao quadro que melhor representasse a paz.

Ficaram, dentre muitos, três finalistas igualmente empatados.

O primeiro retratava uma imensa pastagem com lindas flores e borboletas que bailavam no ar acariciadas por uma brisa suave.

O segundo mostrava pássaros a voar sob nuvens brancas como a neve em meio ao azul anil do céu.

O terceiro mostrava um grande rochedo sendo açoitado pela violência das ondas do mar em meio a uma tempestade estrondosa e cheia de relâmpagos.

Mas para surpresa e espanto dos finalistas, o escolhido foi o terceiro quadro, o que retratava a violência das ondas contra o rochedo.

Indignados, os dois pintores que não foram escolhidos, questionaram o juiz que deu o voto de desempate:

- Como este quadro tão violento pode representar a paz, Sr. Juiz?

E o juiz, com uma serenidade muito grande no olhar, disse:

- Vocês repararam que em meio à violência das ondas e à tempestade há, numa das fendas do rochedo, um passarinho com seus filhotes dormindo tranqüilamente?

E os pintores sem entender responderam: sim, mas...

Antes que eles concluíssem a frase, o juiz ponderou:

- Caros amigos, a verdadeira paz é aquela que mesmo nos momentos mais difíceis nos permite repousar tranqüilos.

Talvez muitas pessoas não consigam entender como pode reinar a paz em meio à tempestade, mas não é tão difícil de entender.

Considerando que a paz é um estado de espírito podemos concluir que, se a consciência está tranqüila, tudo à volta pode estar em revolução que conseguiremos manter nossa serenidade.

Fazendo uma comparação com o quadro vencedor, poderíamos dizer que o ninho do pássaro que repousava serenamente com seus filhotes, representa a nossa consciência.

A consciência é um refúgio seguro, quando nada tem que nos reprove. E também pode acontecer o contrário: tudo à volta pode estar tranqüilo e nossa consciência arder em chamas.

A consciência, portanto, é um tribunal implacável, do qual não conseguiremos fugir, porque está em nós.

É ela que nos dará possibilidades de permanecer em harmonia íntima, mesmo que tudo à volta ameace desmoronar, ou acuse sinais de perigo solicitando correção.

Sendo assim, concluiremos que a paz não será implantada por decretos nem por ordens exteriores, mas será conquista individual de cada criatura, portas à dentro da sua intimidade.


 

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Hora de brincar, estudar e trabalhar...


Empresas inovadoras são locais de se trabalhar, estudar e se divertir. Essa é a diferença que faz a diferença na gestão de pessoas.

Quando criança, sempre ouvia os mais velhos dizerem: "Hora de brincar é de brincar, hora de trabalhar é de trabalhar, hora de estudar é de estudar...". Essa orientação sempre serviu para as crianças entenderem que cada coisa tinha seu momento certo. Ninguém podia, mesmo que insistisse, ficar brincando na rua na hora de fazer as tarefas de escola ou limpar o jardim. Era comum ouvir os pais chamando os filhos que se divertiam com os amigos no playground para os ajudarem em algumas tarefas domésticas.

E assim, com essas constantes recomendações, a gente foi crescendo. Aprendemos a ser responsáveis, disciplinados e administradores do tempo.

Talvez por isso, existem diversas pessoas, gestoras ou não, que praticam a filosofia de “hora de brincar, trabalhar, estudar...” até hoje. Para muitos o lugar de trabalhar é a empresa, o lugar de estudar é a escola e o lugar de brincar é em qualquer local, desde que diferente dos dois anteriores.

Sabemos que algumas poucas empresas de hoje já não são assim. As melhores empresas na gestão de pessoas e na gestão da inovação já entenderam, há um bom tempo, que o lugar de trabalhar também é o espaço ideal para aprender e se divertir. Universidades Corporativas, e arrojados projetos de desenvolvimento de pessoas são comuns em empresas que perceberam que aprendizagem e trabalho andam juntos. O mesmo acontece com todos os projetos de lazer e qualidade de vida conduzidos pelas organizações que investem na melhoria de performance das pessoas.

Porém, divertir-se na empresa vai além das salas de descompressão e ginástica laboral. É estimular o bom humor, os relacionamentos pessoais e a informalidade, o que, consequentemente, significa investir na criatividade, inovação e sinergia.

Tem gente que, após participar de uma semana de cursos, comenta: "Nessa semana não produzi nada!". Será que aprender também não seria uma forma de trabalhar? Desenvolver-se não é produzir? Talvez por pensar assim muitos associam treinamento com atividades maçantes e carregadas. Mas curso precisa ser chato? Não é à toa que muitas atividades usam dinâmicas e jogos como ferramentas para a aprendizagem. É a união da educação com a diversão. A própria palavra palestra significa, em italiano, a palavra divertir.

Organizações que aprendem e ensinam, cursos que divertem, diversão produtiva. Todos esses aspectos são cartas de um mesmo jogo. Não concorrem, mas cooperam entre si.

Porém, vivemos ainda em sistemas que nos mostram que é impossível ter prazer e sacrifício ao mesmo tempo. Esse pode ser o motivo de muitas pessoas terem melancolia ao pôr do sol de Domingo. É um dos indicadores que o momento de lazer acabou e precisamos voltar ao trabalho.

Devemos ser como os artistas. A maioria deles não tem hobby. Se divertem trabalhando e se desenvolvem enquanto trabalham. Para isso, empresas devem ser verdadeiros ateliês de capacidade inovadora, quebra de paradigmas e visão multifocal. O estado da arte em gestão de pessoas.

O importante é fazer o que se gosta e principalmente gostar do que se faz. Somente assim teremos a postura de aprender sempre e gerar ambientes divertidos, porém responsáveis.(by Marcelo Elias)

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

TERAPIA DO ELOGIO
Arthur Nogueira (Psicólogo)
 

Renomados terapeutas que trabalham com famílias, divulgaram uma recente pesquisa onde se nota que os membros das famílias brasileiras estão cada vez mais frios, não existe mais carinho, não se valoriza mais as qualidades, só se ouve críticas. As pessoas estão cada vez mais intolerantes e se desgastam valorizando os defeitos dos outros. Por isso, os relacionamentos de hoje não duram.



A ausência de elogio está cada vez mais presente nas famílias de média e alta renda. Não vemos mais homens elogiando suas mulheres ou vice-versa, não vemos chefes elogiando o trabalho de seus subordinados, não vemos mais pais e filhos se elogiando, amigos que fazem elogios.
 


Só vemos pessoas fúteis valorizando artistas, cantores, pessoas que usam a imagem para ganhar dinheiro e que, por consequência, são pessoas que têm a obrigação de cuidar do corpo, do rosto e sempre se apresentar bem. 



Essa ausência de elogio tem afetado muito as famílias. A falta de diálogo nos lares, o excesso de orgulho, impedem que as pessoas digam o que sentem, levando assim essa carência para dentro dos consultórios médicos. Acabam com seu casamento porque procuram em outras pessoas o que não conseguem em casa. 


Vamos valorizar nossas famílias, amigos, alunos, mestres, subordinados. Vamos elogiar o bom profissional, a boa atitude, a ética, a beleza de nossos parceiros ou nossas parceiras, a sinceridade, a lealdade, a confiança, o comportamento de nossos filhos.

Vamos observar o que as pessoas gostam. O bom profissional gosta de ser reconhecido, o bom filho gosta de ser reconhecido, o bom pai ou a boa mãe gostam de ser reconhecidos, o bom amigo, a boa dona de casa, a mulher que se cuida, o homem que se cuida, enfim, nós todos vivemos numa sociedade em que um precisa do outro, em que é impossível viver sozinho, e os elogios são a motivação da nossa vida.
Quantas pessoas você poderá fazer feliz hoje, elogiando-as de alguma forma? 
Declarando-lhes amor, agradecendo a companhia, elogiando seu trabalho, sua maneira de ser!

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Liderança Integral - respeitando e integrando visões de mundo (by Frederico Porto)

Neste mundo extremamente complexo e interconectado em que vivemos, a grande pergunta que se faz é qual o tipo ideal de líder que precisamos. Mas, na verdade, a pergunta mais específica a ser feita deveria ser: Como alguém deve liderar outro alguém a fazer o que e quando?
Um líder integral seria um líder disposto a fazer estas perguntas e ir em busca das respostas. Digo disposto, porque pode ser que ele mesmo não consiga encontrar as respostas. Mas, para este líder ser capaz de fazer estas perguntas, é necessário que ele tenha uma postura de aprendiz, entendendo que não é o dono das respostas, mas, sim, o formulador dos questionamentos.
Ser integral é considerar as múltiplas perspectivas e, para tal, este líder deverá buscar o conhecimento em três dimensões: o conhecimento de si, o conhecimento do outro e o conhecimento do mundo - neste último também podemos dizer do contexto em que está inserido ou do negócio ao qual se dedica.
Não confunda o fato de considerar diversas perspectivas com evitar decisões difíceis, que é um padrão frequente. O líder integral considera as perspectivas, mas não foge da escolha que tem de fazer.
Não é uma questão de habilidade somente é, acima de tudo, de nível de desenvolvimento. Esta diferença de nível, por exemplo, é que distingue um Barack Obama de um Hugo Chávez. Obama tem um outro nível de maturidade, com grande respeito às diversidades, ele não é somente um tipo diferente de líder, é um tipo melhor. E faço, sim, juízo de valor, pois ele inclui outras perspectivas e isto é evolução. É a diferença de um fanático que mata o outro por não ter a mesma crença que ele, para um religioso de verdade que tem suas crenças, mas respeita as dos demais, que não são iguais às dele.
Dizem que um problema não pode ser resolvido no mesmo nível de consciência em que foi criado. Da mesma forma, precisamos de líderes com um nível de desenvolvimento acima do nível de quem criou os problemas, lideres capazes de gerenciar paradoxos, como equilibrar crescimento com sustentabilidade, o curto prazo com o longo prazo, estabilidade com mudança, entre outros.
Sempre me dizem que este tipo de líder é raro, eu sei, mas como disse a antropóloga Margareth Mead:
“Nunca duvide de que um pequeno grupo de cidadãos pensantes e comprometidos podem mudar o mundo. Aliás, foi assim que sempre aconteceu...” Nunca esqueçamos que a Renascença, que mudou a humanidade, foi feita por cerca de mil artistas e cientistas patrocinados por 12 mecenas.
Quanto mais exigirmos líderes deste tipo, estimularmos o seu desenvolvimento, e procurarmos aprimorar a nós mesmos em nosso papel como líderes, maior a probabilidade disto acontecer.
*Frederico Porto é psiquiatra, nutrólogo e professor convidado da Fundação Getúlio Vargas e Fundação Dom Cabral. Atua também como coach e consultor de empresas.