Páginas

terça-feira, 31 de julho de 2012

Os 50 segredos que sua empresa não quer que você saiba e o que fazer sobre eles.


Seguem abaixo pra você refletir sobre como você age no seu emprego.
1 - Competência não é o mais importanteNão é só talento e trabalho duro que garantem seu emprego, mas a percepção que a companhia tem sobre você. Para descobrir isso, tente se olhar como se fosse o dono da empresa. Será que você é alguém que está alinhado com os interesses e políticas da companhia? Você trabalha com entusiasmo e senso de propriedade, ou está pensando apenas em pegar seu salário no fim do mês?
2 - Os otimistas se saem melhorVocê tem todo o direito de ser do tipo que sempre enxerga o copo meio vazio. Acontece que as empresas costumam valorizar mais os otimistas, que, geralmente, passam a idéia de ser mais bem-sucedidos.
3 - O RH não é seu amigoNão use o RH como confessionário, achando que ele é algo à parte. É claro que o que você disser não vai ser espalhado aos quatro ventos, mas, em determinadas circunstâncias, pode ter de ser revelado para quem toma as decisões na companhia, ou seja, seu chefe, outros executivos, o CEO. Sendo assim, suas 'confidências' podem tirá-lo do páreo na hora de decidir, por exemplo, as promoções de sua área.
4 - Pare de provar e comece a providenciarSe você acabou de ser promovido e ganhou uma equipe, não caia na armadilha de ficar provando que aquele cargo lhe pertence. Esse é um erro que a maioria das pessoas comete. Além de ser ruim para seu futuro na nova posição, agindo assim você vai afastar quem realmente o ajudará a se consolidar como gestor: sua equipe. Por isso, coloque-se a serviço do time e trabalhe para que todos consigam finalizar, e bem, o que têm para fazer. Esse é seu trabalho agora.
5 - Não revele a sua idadeO problema não é os outros saberem quantos anos você tem, mas agir de maneira a reforçar o medo que a empresa associa a profissionais desatualizados. Portanto, mantenha-se bem informado e risque do seu discurso frases como: No meu tempo era assim? ou Não sou bom com essas modernidades tecnológicas? .
6 - Não é inteligente ser inteligenteGeralmente, os recém-chegados são os mais ansiosos para mostrar o que sabem. E acabam se tornando muito inconvenientes, porque querem corrigir tudo - inclusive o chefe. Então, antes de falar, veja se suas idéias são bem-vindas.
7 - Para progredir na carreira, os outros têm de achar que você faz seu trabalho com o ‘pé nas costas’?Mesmo que esteja atolado, não demonstre. Se você parece sempre atarefado e ansioso, dificilmente vai ser cotado para receber uma promoção, que, no final das contas, significa mais trabalho pela frente.
8 - Pegue trabalho extraMelhor ainda se for alguma coisa que seu chefe não gosta de fazer ou algum trabalho de uma área estratégica. Ao agir assim, você mostra para todos que dá conta do recado - não só do seu, mas do trabalho dos outros também.
9 - Ter amigos na empresa pode ser perigosoCerta vez, conheci uma moça que era ótima profissional, do tipo entusiasmada com o trabalho e feliz com a empresa. Acontece que ela tinha uma amiga que era o oposto. Em um processo de demissão, essa moça foi para a rua junto com a outra. Ficou surpresa, claro! O problema é que a empresa achava que ela tinha sido 'contaminada'? pela outra e que iria se tornar uma profissional tão negativa quanto a amiga. Por isso, tome cuidado com suas amizades, ou seja discreto para não ser prejudicado.
10 - Falar sobre a vida pessoal no escritório pode prejudicar sua carreiraVocê falou sobre seu divórcio para quem quisesse ouvir, inclusive para o chefe. Pouco tempo depois, ele tem que decidir quem vai tocar o novo projeto da área. Aí, ele pode pensar assim:
- 'Não vou passar para o fulano que acabou de se divorciar para não estressá-lo ainda mais'?.
Entendeu agora por que você deve evitar comentar sobre sua vida pessoal no escritório?
Descrição: Descrição: Descrição: http://www.alvinews.com.br/coluna/Emprego/50dicas/carreira2.jpg
11 - Quem merece não consegue aumentoPedir aumento usando um 'eu mereço' como argumento é a melhor maneira de conseguir um 'não' como resposta. A empresa não quer saber se você merece ou não, mas se você agrega valor para os negócios. Então, esse deve ser sempre o pano de fundo do seu pedido.
12 - Nem pense em tirar um mês de fériasHoje, com a velocidade com que as coisas acontecem, esse é o caminho certo para se tornar dispensável. As companhias são como organismos que se adaptam rapidamente a uma condição adversa, no caso, sua ausência. Melhor tirar uma semana de cada vez. Sete dias são a medida certa para fazer as pessoas sentirem falta de você e de seu trabalho.
13 - Para perder a batalha, comece a se defenderEm algum momento da carreira, você vai se confrontar com alguém. Isso é certo. Assim como também é certo que a empresa (e o chefe) não quer saber quem tem ou não razão. O que está sendo observado é como você lida com a situação. Por isso, na hora da discussão, resista à tentação de se defender. Simplesmente ouça. Pode apostar que você vai ser visto com outros olhos se começar a se comportar dessa maneira.
14 - A avaliação de desempenho não é sobre o seu desempenhoNessas avaliações, o que está em jogo não é sua opinião sobre seu trabalho, mas como o chefe percebe sua performance. Para não ter surpresas ruins da próxima vez, é bom marcar reuniões periódicas para ver o que ele espera de você. E, na hora H, não se desculpe, não acuse ninguém nem diga que você já fez o que ele pediu.
15 - Não use a avaliação de desempenho como a única ocasião para dar feedbackNão espere uma ocasião formal para posicionar sua equipe sobre sua percepção das coisas. Assim, você prepara o espírito das pessoas para a avaliação de desempenho. E ganha a confiança delas, porque vai soar mais coerente.
16 - Se está tentando fazer sua equipe gostar de você, provavelmente já perdeu o respeito dela
A necessidade de ser querido pela equipe pode ser mortal para um gerente novo no cargo. Se você está preocupado com isso, é muito provável que não esteja agindo como gestor. Melhor não misturar as coisas. Afinal, você está lá para ajudar o time a se desenvolver, e não para ser amigo das pessoas.
17 - O problema não é errar, mas a maneira como você lida com issoTodos cometem erros, do contínuo ao presidente. Na verdade, erros são um bom sinal porque mostram que as pessoas estão tentando novas soluções. Então, sua preocupação não deve ser com o erro em si, mas com a maneira como você age nessa situação: se assume a responsabilidade, mostra que aprendeu e que o fato não irá se repetir.
18 - Só porque você é o chefe não tem que saber todas as respostasVocê não é guru para ficar dando conselhos e resolvendo problemas para seus subordinados. Agindo assim, você está criando um bando de dependentes. Como gestor, seu trabalho é ajudar o time a descobrir a solução.
19 - Sua mesa diz quem você éO visual de seu espaço de trabalho deve refl etir seu profi ssionalismo, não seu estilo pessoal. O dono de uma mesa bagunçada corre o risco de ser visto como um profi ssional caótico. Por outro lado, uma mesa vazia pode passar a mensagem de que a pessoa está só de passagem ou, pior, que não trabalha ali.
20 - Proteja seu 'novo eu'Você decidiu mudar de postura para melhorar sua situação no trabalho? Perfeito! Mas não entre em detalhes quando vierem perguntar por que você parece tão diferente. Diga apenas que percebeu como gosta do que faz. É o que eu chamo de proteger seu 'novo eu'. Isso é importante até que a mudança se torne consistente e a empresa perceba que você realmente amadureceu.
21 - A lei não pode proteger seu empregoMuita gente acredita que a lei vai favorecê-los no caso de uma demissão infundada. Não confie nisso, porque muitas empresas conseguem encontrar meios de demitir um profissional sem que ele sequer imagine por que isso aconteceu.
22 - Há mais coisas por trás de uma demissão do que você imaginaToda empresa tem uma lista de funcionários 'demitíveis'. É bem provável que você esteja na linha de tiro se: seu salário for maior do que o dos outros; você não tem um bom relacionamento com o chefe; você tem opiniões negativas? e as declara em alto e bom som?sobre a companhia; o projeto que você tocava foi cancelado; você teve um problema de saúde no último ano.
23 - Ninguém vai lhe dizer que sua cabeça está a prêmioVejo muita gente cometer erros — e perder o emprego por causa deles — sem ter noção do que aconteceu. Mas por que as empresas não falam claramente sobre isso? Vivemos em uma sociedade litigiosa e elas têm mais receio de um processo judicial do que de omitir a verdade ou substituir um profissional.
24 - É perigoso seguir o que a empresa dizTodas as empresas têm uma agenda oculta. Para descobrir esse código, esqueça o discurso da companhia e concentre sua atenção em suas atitudes, no que ela valoriza. Por exemplo: os executivos vivem dizendo que dão o maior valor para a experiência, mas, no dia-a-dia, você vê funcionários que têm mais tempo de casa serem substituídos por outros mais jovens.
25 - Não há espaço para você dizer o que pensa no trabalhoSe você ainda não reparou, as empresas não são democracias, elas operam de um jeito mais ditatorial. Por conta disso, cuidado com o que você diz. Lembre-se que, ao emitir suas opiniões em público, o impacto delas aumenta bastante.
26 - Seu chefe é seu parceiro mais importantePense em seu chefe como aquele que tem o maior poder sobre a sua carreira dentro da empresa. Se você não é capaz de trabalhar em parceria com o chefe, quem garante que vai conseguir estabelecer bons relacionamentos com os colegas de trabalho e os clientes? Pode estar certo de que é isso que o chefe do seu chefe vai começar a se perguntar caso perceba que você não se dá bem com seu superior.
27 - A fofoca pode fazer você ser visto como traidorPara se proteger, evite ser visto na companhia de pessoas que são reconhecidas como fofoqueiras, mesmo que esteja apenas ouvindo o que elas estão dizendo. E se por acaso não conseguir brecar uma indiscrição, saia-se com um:
- Nossa, eu não iria gostar que alguém falasse isso de mim ou eu acredito que essa pessoa preferiria que isso fosse mantido em segredo. Se for o caso, saia de perto, mesmo que essa atitude signifique angariar antipatias. Lembre-se que, mais dia menos dia, você também vai 'virar assunto'.
28 - Emails podem arruinar sua carreiraAssuma que todos os emails que você enviou com seu endereço eletrônico comercial serão lidos pela empresa. Muitas fazem isso. Lembre-se que os emails duram para sempre: podem ser impressos e encaminhados para toda a empresa. Sabe aquela história de falar mal de alguém por email e enviar a mensagem, por engano, para o alvo de seus comentários? Já pensou se a pessoa em questão for seu chefe?

Descrição: Descrição: Descrição: http://www.alvinews.com.br/coluna/Emprego/50dicas/emprego1.jpg

29 - Se você estiver no campo errado pode ser confundido com o inimigoQuem trabalha tem o hábito de pensar as coisas nos seguintes termos: nós, os funcionários; e eles, os chefes. Cuidado com isso, pois você não pode pensar 'neles' como inimigos. Senão, sua carreira vai emperrar. Portanto, trate de se colocar no campo 'deles' o quanto antes.
30 - Não peça para ser promovidoAs promoções são oferecidas, não solicitadas. Dizer para o chefe que você está 'pronto', antes que ele perceba, isso só servirá para irritá-lo. Em vez de pedir, trabalhe e se dedique ao máximo. Primeiro, você tem que provar que realmente está preparado para o próximo estágio. Só depois disso é o que chefe irá lhe oferecer a promoção.
31 - Não importa se os rumores são falsosMuita gente pensa que uma fofoca não pode prejudicá-los simplesmente porque é falsa. O que está em jogo não é a veracidade das informações, mas se a empresa acredita ou não no que está sendo dito.
32 - Licença-maternidade ou por problemas de saúde não são garantia de proteçãoAntes de achar que está protegido ou que têm direitos, certifique-se do que a lei prevê para cada caso.
33 - Você pode perder se processar a empresaQuando alguma coisa ruim acontece e o funcionário se sente ofendido, a primeira coisa que vêm à cabeça dele é processar a companhia. Acontece que muita gente parte para isso sem se documentar e sem entender direito como a lei analisa aquele caso. Portanto, informe-se antes para não se decepcionar.
34 - Cuide do dinheiro da empresa como se fosse seuA empresa vive de olho em como seu dinheiro está sendo gasto pelos funcionários. Portanto, pense no dinheiro da empresa como se fosse seu. E saiba que aqueles relatórios de despesa que é preciso preencher de tempos em tempos funcionam como um teste secreto de sua lealdade à empresa.
35 - Se você tem um novo chefe, trate de se aliar a eleVocê tem amor a sua carreira na empresa em que trabalha? Então, pare de pensar em seu novo chefe como um 'invasor'.
36 - Sua aparência diz quem você éNão pense que seu visual não é avaliado pela empresa. É sim, porque fornece uma pista de quem você é. Portanto, cuidado para não se vestir de um jeito fashion demais, sexy demais ou casual demais. Lembre-se que você está no trabalho.
37 - Você pode ter um romance com um colega do escritório sem que isso represente o fim de sua carreira
Mantenha segredo sobre seus relacionamentos amorosos no trabalho - a menos que você seja um gestor e a pessoa em questão esteja em um nível hierárquico abaixo do seu. Se essa pessoa for sua subordinada, peça ao chefe para que um de vocês seja transferido. Se seu (sua) parceiro (a) não for subordinado a você, comente o fato com o chefe e garanta que isso não vai interferir no seu trabalho.
38 - Conquiste a lealdade da empresaSe você acha que a empresa está contra você, pense primeiro em como você age. Será que você tem demonstrado ser uma pessoa confiável o bastante para que a companhia retribua na mesma moeda? Se a resposta for 'não', trate de mudar de atitude para reverter essa situação. Pode ter certeza de que, se perceber que você é leal, a empresa vai corresponder.
39 - A maneira como você trabalha é mais importante do que o que você produzTornar-se indispensável tem muito mais a ver com, como você trabalha, do que com o que você produz?. Focar apenas no seu trabalho vai deixá-lo com uma visão estreita. Os profissionais mais bem sucedidos são aqueles que conseguem ir além e alinhar suas atividades com o futuro da empresa.
Descrição: Descrição: Descrição: http://www.alvinews.com.br/coluna/Emprego/50dicas/carreira.jpg
40 - Surpreenda seu chefe todo o tempoSe você não está tendo o retorno que espera do chefe, pode estar errando na maneira como apresenta seu trabalho a ele. Há dois tipos de pessoas: as do tipo auditório e as visuais. Se o seu chefe é do tipo auditório é melhor dizer as coisas, porque ele é do tipo que gosta de ouvir. Se ele for do tipo visual, a melhor tática é fazer apresentações com muitos gráficos e ilustrações de maneira que ele veja onde você está querendo chegar.
41 - Há quatro coisas que as empresas valorizamMais uma vez, trabalhar bem não basta se você não der à empresa ? e ao chefe ? o que eles esperam de você:
- Seja flexível. Sem jogo de cintura não há como acompanhar a velocidade com que as coisas acontecem hoje em dia;
- Seja vendedor. Já reparou como os profissionais mais bem sucedidos têm algo de vendedores (se é que já não trabalharam com vendas de fato). Eles se comunicam bem, sabem persuadir, negociar e conseguem vender suas idéias;
- Aprenda a falar bem em público. Quanto mais você evoluir na carreira, mais exigido será nesse ponto. Nada pior que um profissional competente que se atrapalha na hora de fazer uma apresentação ou de conduzir uma reunião. Se for preciso, faça um curso para desenvolver suas habilidades de orador.
- Mire alto. Todo grande executivo estabelece para si metas agressivas. Escreva cinco metas para cumprir durante este ano e comece a trabalhar naquela que vai fazer mais diferença em sua vida. Anote vinte atitudes que podem ajudá-lo a atingir esse objetivo e mãos à obra.
42 - Aja como se fosse o dono da empresaSeguindo essa linha de raciocínio, pense no chefe como seu principal cliente e nos colegas de trabalho como seus fornecedores. É isso mesmo: você vai se colocar a serviço deles. E tenha certeza de que isso não significa ficar abaixo deles, mas que é uma boa maneira de se tornar indispensável.
43 - No trabalho, você está sempre no palcoTudo o que você faz, cada almoço com clientes, festas da empresa, conversas telefônicas, projetos, absolutamente tudo está sendo observado e conta pontos a seu favor, ou não. Só depende de você.
44 - Ser promovido nem sempre é o paraíso que pareceMuitas promoções falham no primeiro ano e culminam em demissão ou remoção para um cargo de menor importância. É como se as pessoas fossem promovidas equivocadamente, sem estar preparadas para o novo cargo. Aí, é claro que elas vão derrapar na curva.
45 - Não tenha medo de recusar uma promoçãoMuita gente aceita uma promoção simplesmente porque o cargo lhe foi oferecido. Acontece que qualquer posição que uma pessoa ocupe na escala hierárquica deve estar alinhada com seus objetivos. Se não estiver, é preciso ter coragem de dizer 'não'. E não se preocupe, porque, da mesma maneira que a empresa lhe deu essa oportunidade, dará outras no futuro.
46 - Não seja centralizadorTem muito gestor, geralmente os que acabaram de ganhar uma equipe, que acha que sabe tudo e coloca a mão na massa, fazendo o trabalho do time. Se você se identifica com isso, cuidado. Essas são duas armadilhas típicas de um gestor inexperiente que vão gerar problemas num futuro bem próximo: seu chefe vai reclamar que seu desempenho está abaixo do esperado. É claro, porque uma pessoa só não consegue dar conta do trabalho de várias.
47 - Se a sua equipe está entregando menos do que você espera, a falha é suaCriar um time de alta performance requer três coisas: persistência, objetivos claros e apoio. Muitos gestores se concentram no como desejam que o trabalho seja feito, mas o melhor é focar no que você espera como resultado final. Dê detalhes sobre suas expectativas e diga para todos se sentirem à vontade para procurar você sempre que precisarem esclarecer alguma coisa. Se o resultado não for bom, não culpe a pessoa: você falhou, porque não foi claro o suficiente. Por mais que seja difícil para você e que seja preciso pedir que a pessoa refaça o trabalho duas ou mais vezes, tente pensar dessa maneira. Isso vai ajudá-lo a criar um time totalmente afinado com você.
48 - A liderança não é um pedestal, mas uma baseA visão de quem acabou de ser promovido costuma ser bem diferente do que a equipe espera dessa pessoa; enquanto o líder se vê como alguém que está acima dos outros; o time gostaria de encontrar no novo chefe como alguém que vai apoiá-los, que vai servir de base para que o trabalho seja realizado. Eu diria que essa segunda versão é a melhor se o seu objetivo é motivar as pessoas. Quem está no pedestal sempre é passível de ser derrubado.
49 - As empresas têm memória curtaNão se apavore com todas as 28 verdades que estão aí em cima. Se você incorreu em algum ou alguns desses erros, fique sabendo que se mudar suas atitudes agora e de maneira consistente terá chance de dar uma reviravolta em sua imagemprofissional e de deixar todos os seus erros no passado.
50 - Tudo está nas suas mãosVá trabalhar todos os dias esperando sempre o melhor e use sua competência a seu favor. Lembre-se que você tem o poder de fazer escolhas que vão lhe abrir ou fechar portas na sua carreira. A empresa não é a entidade misteriosa que parece ser, elas apenas respondem à maneira como você age.

quinta-feira, 26 de julho de 2012

PERDOAR NÃO É ESQUECER


Recentemente saiu um texto falando sobre traição conjugal dizendo que se quisermos realmente perdoar, devemos esquecer o que aconteceu. Essa é uma visão comum sobre o que é o perdão e que acaba causando uma certa confusão.
Como é possível simplesmente "esquecer" o que houve? Só se estivermos com amnésia. Não há como, pois memórias não se apagam. O processo do perdão se dá de outra forma que Não é através do esquecimento. Também não se trata de não tocar no assunto ou colocar panos quentes. Essas são aparentes soluções que não resolvem o problema.
O perdão acontece quando os sentimentos de mágoa, raiva e ressentimentos são dissolvidos completamente. E quando isso ocorre, voltamos a ficar em paz. A nossa essência mais profunda é de uma paz completa. Esse estado fundamental dentro de nós jamais é alterado. Entretanto, ele pode ser temporariamente encoberto com nuvens de sentimentos negativos.
Perdoar significa voltar a ficar em paz. E isso só é possível quando essas nuvens negativas são dissolvidas. Não adianta tentar "esquecer". O que na verdade todos nós queremos é nos livrarmos do sofrimento que a memória causa. A memória  ou o fato ocorrido em si não é o problema. O problema é sempre a  nossa reação emocional que nos provoca sofrimento. Os fatos  e as lembranças  jamais poderão ser mudados. Mas é possível sim, curar o que interessa: a nossa reação emocional. Essa é a única forma de eliminar o sofrimento.
Quando as pessoas tentam "esquecer", o que elas estão fazendo, na verdade, é reprimir as emoções. E quando os pensamentos desconfortáveis surgem, elas tentam pensar em outra coisa para não sofrer. Mas isso não cura a ferida que está lá dentro guardada. Ela continua intacta, só não estamos olhando diretamente pra ela na ilusão de que isso a fará desaparecer.
E como ainda há uma ferida emocional, mesmo não entrando em contato direto com ela, sofreremos suas consequências. Essas emoções ficam armazenadas no inconsciente e provocam diversos efeitos no nosso corpo, pensamentos e ações.
Os ressentimentos e mágoas reprimidos provocam tensão no corpo, geram ansiedade, inquietação. Nossa fisioligia é afetada pelas emoções reprimida. Cada emoção é produzida quimicamente pelo nosso corpo (mesmo aquelas inconscientes) e alteram a produção dos hormônios e da quimica do bem estar que nosso cérebro produz quando estamos livres das emoções negativas.
Essa energia presa dentro de nós tem uma força oculta (não a percebemos) e influencia na nossa forma de agir em pensar. Mesmo que você queira ficar bem com a pessoa da qual voce guarda uma mágoa, sem querer, aquela energia o levará a criar algum tipo de conflito.
Talvez você tente controlar ou manipular o outro como uma forma de compensar a dívida que você sente que ele tem por você. Talvez você tente punir a outra pessoa sendo frio e se mantendo distante no relacionamento, criticando-a na frente dos outros, deixando de apoia-la.  Talvez você passe a se irritar facilmente  e dê "patadas" e foras constantemente. Bem, são inúmeras as maneiras que aquela mágoa guardada, mesmo estando bem escondida, vai se manifestar de forma prejudicial no seu relacionamento.
Por mais que tenhamos o desejo sincero de ficar bem com o outro, acabamos agindo de forma negativa. E depois não nos entendemos e ficamos frustrados. Só é possível se libertar dessa força sabotadora curando profundamente suas raízes: dissolvendo as mágoas, raivas e ressentimentos de forma plena.
Existem formas de curar essas emoções, listando os eventos específicos, ou seja, as memórias que trazem mágoas e ressentimentos, e depois tentar dissolver todas essas emoções.
O resultado dessa liberação emocional é o que chamamos de perdão. Voltamos a ficar em paz. Sentimos alívio. Brotam sentimentos de compreensão, aceitação. Diminui a ansiedade, eleva a autoestima. O reflexo disso será visto na nossa forma de agir e pensar dentro do relacionamento.
Quando isso ocorre, entendemos que perdoar é algo que tem a ver apenas com nós mesmos. É um processo interior e não depende da mudança das pessoas e circunstâncias. Nossas mágoas e ressentimentos são uma tentativa equivocada de atingir a outra pessoa, como se isso fosse trazer algum tipo de justiça para que nós possamos finalmente ficar em paz.
Mesmo quando conseguimos punir e atingir a outra pessoa, os ressentimentos ainda vão permanecer dentro de nós,ou seja, o sofrimento que queriamos eliminar continua a existir. E talvez agora, somado a ele, surgirá frustração, culpa, vazio e sensação de perda de tempo. Vivemos em um estado de confusão emocional que nos leva a caminhos completamente ineficazes de se alcançar paz e felicidade.
O caminho mais simples é liberar nossas próprias emoções e realmente, não é fácil fazer isso sozinho utilizando força de vontade. Algo que parece impossível liberar, seguindo o método observaremos uma completa dissolução. Muitos ficam surpresos e espantados ao perceber uma emoção tão intensa literalmente será dissolvida. 

quarta-feira, 25 de julho de 2012

Testando a Honestidade


Testando a honestidade de uma nação

"Em 1997, a publicação US News and World Report realizou uma pesquisa na qual se perguntava aos norte-americanos quem "levava jeito" para ir para o céu. Bill Clinton não se saiu muito mal, com 52 por cento dos entrevistados indicando que ele seria bem recebido nos portões celestiais. A princesa Diana obteve um resultado um pouco melhor, com 60 por cento dos votos. Em segundo lugar, veio a madre Teresa, com 79 por cento. Mas quem ganhou a eleição, registrando expressivos 87 por cento? A maioria das pessoas se colocou no topo da lista celestial. Será que realmente vivemos em comunidades e países habitados quase completamente por candidatos a santos?"



A parábola do Bom Samaritano

Em 1973 os psicólogos John Darley e C. Daniel Batson da Universidade de Princeton fizeram um estudo.  Neste estudo um grupo de futuros ministros religiosos foram orientados a prepararem um sermão  com base na parábola do Bom Samaritano. Nesta conhecida história bíblica, um homen é espancado por ladrões e abandonado na rua para morrer. Diversos clérigos passam por ele, mas não param. Por fim, um bom samarintano sai do seu caminho para dar assistência e a parábola termina chamando todos para dar ajuda aos necessitados.

Após o sermão os futuros ministros eram orientados a comparecerem a um outro edifício, onde deveriam fazer a sua preleção, e sem saberem estavam sendo monitorados pelo caminho. No trajeto, passaram por um homem (na verdade um ator) que precisava de ajuda. Ele estava recostado em um portal, com a cabeça abaixada e os olhos fechados.
Quando cada participante passava por ele, o ator emitia um gemido ensaiado e tossia duas vezes.Os pesquisadores queriam saber se os futuros ministros praticariam o que pregavam e ajudariam o homem. Embora estivessem a caminho de fazer um sermão sobre a importância de ser um bom samaritano, mais da metade dos participantes passou pelo homem sem parar. Alguns, na verdade, saltaram sobre ele.
Em uma verão ligeiramente modificada desse estudo, os pesquisadores disseram ao outro grupo de futuros ministros que eles precisavam chegar ao segundo edifício o mais depressa possível. Nessas circunstâncias, o nível de ajuda caiu para apenas 10 por cento.
A experiência é muito reveladora da natureza humana, inclusive da expressiva diferença entre as palavras e os atos dos indivíduos e de como um ritmo acelerado de vida pode ajudar a criar uma cultura de indiferença.
by Frederico Porto

quarta-feira, 11 de julho de 2012

O CONFLITO NECESSÁRIO


Durante a minha carreira, tenho visto muitos conflitos serem evitados ao máximo dentro das organizações, visando a manutenção do bom ambiente e do status quo.
Um colaborador deixa de apontar um problema verificado por que tem medo da represália do Líder (que deveria agradecê-lo), o Gestor não aponta uma possível melhoria no processo, pois tem medo de como outro Gestor envolvido neste processo vai se sentir. As pessoas aceitam situações erradas colocadas por determinado Líder, pois sabem que não serão ouvidas.
O Líder não corrige o funcionário, dando-lhe feedback sobre pontos a melhorar (e cumprir o principal papel de um Líder) somente para evitar o conflito.
O Gestor  não faz julgamento correto da equipe, premiando quem merece, pois teme conflitos com os demais.
Na vida pessoal também é assim, deixamos de corrigir os filhos para evitar conflitos e muitas vezes os perdemos para um mundo desconhecido. Deixamos de conflitar com o parceiro (ou parceira) e deixamos o relacionamento se deteriorar e é o fim.
Os conflitos afinal, devem ser evitados? Em um bom ambiente de trabalho não deve haver conflitos? E nas escolas, nas universidades, na política, na economia, devemos evitar os conflitos para manter o status quo?
Normalmente os conflitos existem porque trazem em si questionamentos, dúvidas e sugestões. E questionamentos, dúvidas e sugestões são ruins? Em nome de se evitar conflitos, devemos deixar de questionar, de ter dúvidas e de propor melhorias?
Eistein questionou vários cientistas e teorias de seu tempo e deixou-nos o legado que todos conhecemos. Muitos o questionaram e o chamaram de maluco, mas ele não fugiu do conflito, teve convicção e desenvolveu as teorias que baseiam a física moderna.
E no ambiente de trabalho? Como encaramos os conflitos? Questionamos o que nos dizem?  Damos sugestões, fazemos propostas, ou ficamos quietos, deixamos as coisas como estão só para fugir de conflitos?
Acho que há dois problemas que fomentam o ´não conflito´ nas empresas.
O primeiro é que não há profissionalismo nos conflitos. Infelizmente, as pessoas levam para o lado pessoal, não enxergam o conflito como uma possiblidade de melhoria, não enxergam que os conflitos são necessários para que haja oxigenação de ideias, melhoria nos processos, mudanças, melhores resultados, crescimento do negócio. Ao contrário, quando alguém conflita, fica marcado e quem se sente ´prejudicado´ não vai perder a oportunidade de vingar o companheiro na primeira oportunidade.
O segundo problema é que muitas organizações não enxergam o conflito como algo positivo, pois o alto escalão dessas empresas normalmente é centralizador, não aceita ser questionado e leva isto para os níveis de baixo, ou seja, a cultura do ´não conflito´ está institucionalizada.
É uma pena que isto ocorra, pois a necessidade de competir num mercado cada vez mais difícil faz com que as empresas busquem melhorias a cada momento e isto só é feito num ambiente de questionamento, de dúvidas, de sugestões...de conflitos.
Líder, o seu papel é garantir resultados e ter um ambiente onde as pessoas possam propor, sugerir e implantar melhorias lhe ajudará muito nessa missão. Pense nisso.
by Carlos H. Casarotto

sexta-feira, 6 de julho de 2012

RESILIÊNCIA

A palavra tem sonoridade estranha e significado pouco conhecido, mas pode
fazer a diferença na sua vida. O conceito vem da física: é a propriedade que
alguns materiais apresentam de voltar ao normal depois de submetidos à
máxima Tensão. As fibras de um tapete de náilon são o exemplo simplificado
dessa ação - elas recuperam a forma assim que acabam de ser pisadas e
amassadas. A psicologia tomou emprestada essa imagem para explicar a
capacidade de lidar com problemas, superá-los e até de se deixar transformar
por adversidades. Detalhando melhor, o resiliente não se abate facilmente,
não culpa os outros pelos seus fracassos e tem um humor invejável. Para
completar o leque de requintes, ele age com ética e dispõe de uma energia
espantosa para trabalhar. Perfil de herói? Parece. Mas essa qualidade é
encontrada em gente de carne e osso. Segundo Haim Grunspun, professor de
psicopatologia da PUC-SP, um terço da população do mundo tem traços de
resiliência.
Os especialistas em comportamento começaram a estudar o tema, lembra
Grunspun, quando se colocaram diante da interrogação: por que - em
comunidades atingidas por enchentes, terremotos, perseguições raciais,
violência e guerras - algumas pessoas se saem bem e outras não? Chamava a
atenção um detalhe: aquelas que venciam um obstáculo se mostravam
"vacinadas" para enfrentar o próximo. Que fenômeno seria esse? Até os anos
90, os estudiosos defendiam que a habilidade para administrar conflitos era
inata, como um dom. A partir daí, comprovaram que o homem pode, sim,
desenvolver a capacidade de se recuperar e de crescer em meio a sucessivos
problemas. Grunspun acredita que é na infância que se aprende melhor esses
conteúdos. Ele está lançando o livro A Criança Resiliente: Quando e Como
Promover Resiliência para ajudar a criar essa mentalidade desde cedo. Nas
escolas de Nova York, foram distribuídos em setembro passado 2 milhões de
cartilhas para que alunos entre 8 e 11 anos possam crescer resistentes. A
medida foi tomada depois que psicólogos atestaram a eficácia da intervenção
social, com base na resiliência, adotada com os filhos das vítimas do
atentado às torres gêmeas.
Mas também é possível desenvolver resiliência na vida adulta. A velocista
Ádria Rocha, 29 anos, a maior estrela do universo das paraolimpíadas, com
uma coleção de medalhas de ouro e prata, pode ser um bom modelo para você se
inspirar. Ela garante que se torna mais resistente a cada dia. Filha de um
pedreiro e de uma costureira, Ádria e outros três irmãos, entre nove, têm
retinose pigmentar, doença que atinge a retina e pode levar à cegueira.
Mineira de Nanuque, a atleta conta que enxergava minimamente e que amargou a
discriminação de professores e de colegas por causa da dificuldade de
aprender. Superou o drama ao encontrar sua expressão no esporte. Já havia se
destacado nas Paraolimpíadas de Seul, quando, aos 15 anos, se deparou com
uma gravidez precoce. Casou e abandonou as pistas por exigência do marido.
Aos 18 anos, mais problemas: ficou completamente cega. A nova realidade fez
com que Ádria juntasse forças para se separar e voltar aos treinos. Sem
patrocínio, sustentava a filha, Bárbara, vendendo bilhetes de loteria nas
ruas de Belo Horizonte. Títulos e medalhas vieram um atrás do outro, até
conquistar o primeiro lugar no ranking mundial. Ela detém o recorde de 12
minutos e 34 segundos nos 100 metros rasos, obtido em 2000, em Sydney. "Se
ficasse choramingando, usando como desculpa a falta de dinheiro, de visão e
de marido, com certeza não chegaria a lugar algum", diz. Quem ouve a
história de Ádria imagina que seja a mulher-maravilha. Não é. Ela desmoronou
no ano passado, ao sofrer uma contusão no joelho e uma cirurgia. "Tive medo
de não conseguir mais correr", revela. Para essas pessoas especiais, porém,
um empurrão basta. No caso da atleta, veio da fisioterapeuta Vanda Sampaio.
"Ela me acompanhou nos exercícios e me ajudou a recuperar a autoconfiança."
Uma das principais especialistas em resiliência, a psicóloga Cenise Monte
Vicente explica que, para desenvolver essa capacidade, nós precisamos
encontrar apoio - mesmo que pequeno - e sentir que alguém acredita em nós.
"O parceiro tem uma função restauradora", garante. Ela chegou a essa
conclusão analisando o caso de um garoto de família aristocrata que perdeu
os pais, ficou sem dinheiro e foi morar num convento de freiras, que o
agrediam. Toda vez que era mantido de castigo num porão, o garoto notava que
uma freira entrava e chorava. "Embora não falasse nada, a atitude dela
transmitia conforto. Era um momento de reparo, renovava a certeza de que
alguém acreditava nele." Outra descoberta de Cenise sobre o resiliente é o
distanciamento que mantém do moralismo e do papel de juiz. "Ele não julga
seus agressores, não classifica como maus os que o atrapalham e ainda é
capaz de compreender por que agiram de forma tão drástica", afirma. "Se
encaramos o adversário como um demônio poderoso, fica quase impossível lutar
contra ele." Mais: "Analisar o contexto e levar em conta todos os lados do
problema ajuda a pessoa a enfrentar melhor a situação que ela considera
irreversível".
Os Balboni não se deixaram sucumbir diante do adversário nem das
circunstâncias. A família de Luiz Fogaça Balboni, o Zizo, poderia ter vivido
um processo de desagregação, como ocorreu na casa de vários jovens
perseguidos pelo regime militar. Zizo foi morto em 1969, numa emboscada
montada na capital paulista pelo temido delegado Fleury, que caçava
oponentes da ditadura. O universitário de 24 anos pertencia a um grupo que
acreditava que a luta armada era a única forma de mudar o país. A polícia
transformou o velório dele, na pequena São Miguel Arcanjo (SP), num ato de
advertência. Durante anos, a cidade olhou feio para os Balboni, que tiveram
o crédito cortado até na mercearia. Na época, eles tentavam se levantar de
uma falência, e a divulgação de que Zizo seria um inimigo da ordem pública
só dificultou as coisas. A família, porém, arriscou novos negócios e se
reergueu financeiramente. Dezenove anos depois, foi reconhecida a
responsabilidade do Estado na morte do estudante e os Balboni receberam 125
mil reais de indenização. Ninguém pensou em torrar o dinheiro nas ilhas
gregas. "Tínhamos que aplicar em algo que representasse a luta dele", lembra
o irmão Aldo. Criaram, então, o Parque do Zizo, uma área de 300 hectares de
mata Atlântica, na região de São Miguel Arcanjo. Ali, preservam animais em
extinção e planejam pesquisar plantas com potencial farmacológico. No local,
fica um hotel para quem quer conhecer as trilhas da reserva. Além de
exorcizar a dor, a atitude gerou um benefício para outras pessoas.
O fatalismo e a vitimação passam longe dos resilientes. Nunca pensam: "Tudo
é difícil", "Não consigo mudar de rumo" ou "Ninguém faz nada por mim". Pelo
contrário, arregaçam as mangas, como os Balboni, para reverter a situação
indesejável. E têm metas bem definidas - nada de grandes devaneios, como
enriquecer, ficar famoso... Plano, para eles, é algo concreto, acessível e
realizável a curto prazo. Cenise chama isso de escada-sonho: você elege um
projeto e, quando ele está realizado, escolhe outro, que, concretizado,
servirá de trampolim para mais uma etapa. Na escada-sonho de Ádria os
degraus estão próximos. "Me vejo quebrando o meu recorde nas Paraolimpíadas
de Atenas este ano, cursando fisioterapia e depois comprando uma casa",
revela. "É isso mesmo", explica Cenise. "Os projetos dos resilientes vêm
acompanhados de imagens. Quem não consegue se projetar no futuro
dificilmente realiza seus desejos."
Uma atitude importante: não considerar prejuízo as perdas que ocorrem. Com 2
anos, Elisa Boéssio, 22, perdeu a mãe, que sofria de câncer. Foi então
criada pelo pai, o maestro gaúcho José Pedro Boéssio, que lhe ensinou a ser
livre, positiva e a viver de bem com o mundo. Há três anos, o maestro morreu
num acidente de carro com outros dois filhos do segundo casamento. "Sofri
muito, mas não considero só o fato de perdê-los. O episódio me levou a
mudanças de rumo", declara Elisa, que mora sozinha, em Porto Alegre.
"Aprendi que o meu centro de apoio deve estar em mim. Se estivesse centrada
na presença física do meu pai, que amei tanto, teria enlouquecido." Ficaram
os valores que ele ensinou. "Parece que escuto sua voz dizendo onde erro,
quando acerto... me educo com essas lembranças." Desde pequena, Elisa não
permite que tenham pena dela. "Por que deixaria que me considerassem uma
coitada? Ouvi fitas gravadas pela minha mãe, ainda doente, em que ela pede
para eu ser feliz, ter amigos, ir à praia." A mudança de rumo a que Elisa se
refere incluiu alterações até de ordem prática. Ela havia passado no
vestibular de direito uma semana antes do acidente que vitimou a família. O
episódio, que parecia atordoá-la, colaborou na reflexão sobre outros
setores. "Estava indo para algo que não era minha verdadeira vocação",
conta. Meses depois, trancou a faculdade, fez cursinho e entrou em medicina.
"Nas dificuldades, também reside a oportunidade de crescimento", diz Olga
Falceto, professora de psiquiatria da Faculdade de Medicina da Universidade
Federal do Rio Grande do Sul. "A crise é representada, no ideograma chinês,
por um símbolo que traduz perigo e oportunidade ao mesmo tempo", lembra.
Para perceber as chances que a crise traz, Olga sugere: "Dê um tempo para
pesar prós e contras. Assim, a ansiedade diminui". O próximo passo é se
nutrir das pequenas vitórias que você conquistou, mas que acabou
minimizando. Depois, conecte-se com a forma utilizada para atingir aquelas
vitórias. Por último, inspire-se nos ídolos que superaram problemas.
"Trabalhando os recursos pessoais, o lado saudável, você se fortalece muito
mais do que se ficar enfatizando as suas deficiências e os seus conflitos",
diz. Pronto, agora ficou mais fácil iniciar um projeto de resiliência para
melhorar a sua vida.
Manual de superação 
No momento da crise, formule uma explicação para o que está ocorrendo:
analise as circunstâncias, a seqüência dos fatos e as razões do adversário.
Tente entender os seus sentimentos em relação a tudo isso.Pense no que vai
fazer quando sair da crise. Fica mais fácil suportar a dor ao se imaginar no
futuro.
O tempo que rege o resiliente é o presente. Comece, agora, a mudar a
situação indesejada: estude, trabalhe, seja livre.
Estabeleça vínculos com pessoas que podem representar coragem e estímulo.
Mas não espere que uma delas faça o papel do salvador da pátria para
resgatá-la do fundo do poço. A melhor saída é sempre aquela que você
encontra.
Valorize as pequenas vitórias. Lembre-se de como as conquistou e veja que
pode ousar de novo. Isso traz autoconfiança.
Não pense só em você, mas nos que vão se beneficiar da sua conquista ou
tomar sua história como exemplo

segunda-feira, 2 de julho de 2012

Abílio Diniz diz o essencial para ser bem sucedido administrando empresas - Anna Virginia Balloussier (SP) & Ricardo Miotto coordenador de artigos e eventos


Abílio Diniz não liga tanto assim se você fala dois ou três idiomas, frequentou a melhor faculdade e fez curso de especialização no exterior.
Tudo isso conta pontos, claro. Mas, sem colocar a mão na massa, não dá para sacar a alma do negócio, afirma.
Alexandre Rezende/Folhapress
Descrição: Descrição: Abilio Diniz com os leitores do "Folhateen" Nicole Gomes, Gustavo Yasunaka e Gabriela Ferreira
Abilio Diniz com os leitores do "Folhateen" Nicole Gomes, Gustavo Yasunaka e Gabriela Ferreira
"Jovens que estudaram muito, em geral, não querem ralar em loja. E a vida está nas lojas, não na corporação", diz o bilionário que transformou a doceria Pão de Açúcar, criada em 1948 pelo pai, na maior empresa de varejo do país.
Costuma ser um choque para a garotada recém-diplomada ter de descascar abacaxis (às vezes literalmente) numa loja -ele sempre repara nas caras de espanto de novos trainees da companhia quando essa proposta é feita.
Diniz afirma que, nos supermercados de sua rede, aprendeu a cortar carne e ajudou a empacotar compras. Foi, enfim, um "faz-tudo", sobretudo nos primeiros anos.
"Quando você é jovem, tem que fazer tudo. Não dá para ficar: 'Só gosto de escritório'".
Uma baita mudança de perspectiva para Nicole Gomes, 20, Gabriela Ferreira, 19, e Gustavo Yasunaka, 20. Na sede do Pão de Açúcar, em São Paulo, o trio bateu um papo com Diniz sobre a carreira do administrador.
O encontro faz parte da série "Choque de Realidade", com reportagens em que o "Folhateen" promove um cara a cara entre estudantes e gurus de suas áreas.
boa fortuna
Diniz é um afortunado em vários sentidos. Comecemos pelo literal: com patrimônio estimado em US$ 3,6 bilhões pela revista americana "Forbes", ele está entre os dez homens mais ricos do país.
Seu fôlego não é só para negócios -aos 75 anos, pai de seis filhos, o amante de esportes é um "outdoor" ambulante da "geração saúde".
De cara Diniz aconselha: ninguém nasce sabendo. Mas pode correr atrás e descobrir o que tem a oferecer de novo.
Ele aponta para uma das meninas: "Tem que falar: 'Quero estabelecer meus diferenciais. Quais são? Ah, sou bonita, tenho olhos simpáticos... Não é suficiente. Vou saber o máximo que puder sobre o que quero fazer".
Vale aproveitar o pique da juventude. "Nessa idade, pode ralar 20 horas por dia que não vai quebrar, não vai entortar. Agora, não vamos fazer disso um modo de vida".
Atenção: não vale a pena se matar de trabalhar para mostrar serviço. Se virou sacrifício, esquece. Assim ninguém rende. "Não conta ponto o cara que vem: 'Estou fazendo o máximo, não vejo meus filhos, minha mulher, mas não tem importância'."
Esteja preparado para o caso de seu investimento se mostrar uma furada. "O Abílio sempre tem plano B", diz, na terceira pessoa mesmo. "Sempre tem outros planos. Não deu certo aqui, nós vamos para ali. É muito importante ter flexibilidade."
QUASE FALÊNCIA
Diniz também precisou se adaptar. Acha que o final dos anos 80 foi o período mais desafiador, por conta de brigas com irmãos, a quase falência do Pão de Açúcar e um sequestro que sofreu em 1989.
Atualmente, passa por nova adequação: o controle de sua empresa está passando para o grupo francês Casino.
Olhar para a frente é uma das últimas lições da conversa com Diniz. "Não persiga o antigo. Não pense em loja de armarinho, tricô. Me encanto cada vez mais com isso [aponta um iPhone]. O que vocês pensam que o Steve Jobs era? Não era diferentes de vocês: jovens talentosos."