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segunda-feira, 14 de setembro de 2015

Chefes promovem mais da metade das puxadas de tapete

Mais da metade das “puxadas de tapete” no ambiente de trabalho são promovidas por chefes ou superiores hierárquicos das vítimas. É o que revela pesquisa realizada pelo portal de carreiras Vagas.com. Participaram do levantamento 3.834 profissionais, com idades entre 16 e 60 anos. A maior parcela dos respondentes (55%) ocupa cargos operacionais, seguida por analistas e especialistas (22%), 13% integram quadros de média gestão e 8% têm postos na alta administração das empresas. Os 2% restantes foram respondidos por trabalhadores desempregados no momento e profissionais liberais.
62% dos pesquisados afirmam ter sofrido alguma ação que denota puxada de tapete no trabalho, caracterizada por ações que prejudicaram a carreira: 27% dos casos foram protagonizados pelo chefe imediato. Outros 27% informaram que as ações foram perpetradas por alguém com cargo mais alto na hierarquia. Para 34%, a transgressão foi promovida por indivíduo do mesmo nível hierárquico. E apenas 11% relataram ter sofrido algum tipo de ação prejudicial por profissionais com cargo inferior.
“Esses dados mostram que os gestores estão, em algumas ocasiões, sabotando o trabalho de integrantes de sua própria equipe ou de subordinados para levarem algum tipo de vantagem em sua carreira ou na companhia onde trabalham”, analisa Rafael Urbano, especialista em Inteligência de Negócios na VAGAS.com. “É um indicador surpreendente e ao mesmo tempo muito preocupante, pois demonstra que a maior parte dos líderes não está administrando sua equipe como deveria”.
Foram considerados no levantamento nove tipos de ações configuradas como puxada de tapete no ambiente de trabalho. “Ter confiado muito em uma pessoa que depois viria a prejudicar sua imagem” foi a campeã, com 32% das respostas, seguida por “roubo de crédito para ideia ou iniciativa”, com 23%. Os respondentes puderam apontar mais de uma situação de que foram vítimas. Veja abaixo as demais situações e resultados:
- “excluíram você de algum projeto para não te dar visibilidade” - 17%
- “foi acusado por algo que nunca participou” - 13%
- “outra situação favorecendo colegas sem o devido mérito, independente da capacidade profissional” - 13%
- “passaram por cima da sua autoridade. Tomaram uma atitude que deveria ter sido feita por você” - 12%.
- “levaram você a erro para se aproveitar de alguma situação” - 11%
- “deu muita atenção à “rádio peão” e acabou tomando uma atitude precipitada que prejudicou sua carreira” - 6%.
- “não sofreu nenhuma destas ações ou situações” - 38%
Vítimas são demitidas ou perdem promoções - O levantamento procurou entender dos entrevistados o que aconteceu com eles após passarem por algumas das ações listadas anteriormente. Entre as múltiplas escolhas, somaram 19% os que foram demitidos. Para 26%, nada mudou, enquanto que outros 26% informaram não ter recebido o reconhecimento ou promoção que mereciam. Em 14% dos casos, foram chamados à atenção e 13% sofreram algum tipo de represália. Do total, 12% pediram demissão; 6% acionaram um canal institucional, mas não obtiveram resposta; e apenas 3% procuraram esse mesmo canal e conseguiram um posicionamento da empresa.
A pesquisa foi realizada de 17 a 22 de julho por meio eletrônico com candidatos cadastrados no portal. A amostra foi constituída igualmente (50%) por indivíduos dos sexos masculino e feminino.

terça-feira, 8 de setembro de 2015

Encerrando Ciclos

Sempre é preciso saber quando uma etapa chega ao final. Se insistirmos em permanecer nela mais do que o tempo necessário, perdemos a alegria e o sentido das outras etapas que precisamos viver. Encerrando ciclos, fechando portas, terminando capítulos - não importa o nome que damos, o que importa é deixar no passado os momentos da vida que já se acabaram. 
Foi despedido do trabalho? Terminou uma relação? Deixou a casa dos pais? Partiu para viver em outro país? A amizade tão longamente cultivada desapareceu sem explicações? 
Você pode passar muito tempo se perguntando por que isso aconteceu. Pode dizer para si mesmo que não dará mais um passo enquanto não entender as razões que levaram certas coisas, que eram tão importantes e sólidas em sua vida, serem subitamente transformadas em pó. Mas tal atitude será um desgaste imenso para todos: seus pais, seu marido ou sua esposa, seus amigos, seus filhos, sua irmã, todos estarão encerrando capítulos, virando a folha, seguindo adiante, e todos sofrerão ao ver que você está parado. 
Ninguém pode estar ao mesmo tempo no presente e no passado, nem mesmo quando tentamos entender as coisas que acontecem conosco. O que passou não voltará: não podemos ser eternamente meninos, adolescentes tardios, filhos que se sentem culpados ou rancorosos com os pais, amantes que revivem noite e dia uma ligação com quem já foi embora e não tem a menor intenção de voltar.
As coisas passam, e o melhor que fazemos é deixar que elas realmente possam ir embora. Por isso é tão importante (por mais doloroso que seja!) destruir recordações, mudar de casa, dar muitas coisas para orfanatos, vender ou doar os livros que tem. Tudo neste mundo visível é uma manifestação do mundo invisível, do que está acontecendo em nosso coração - e o desfazer-se de certas lembranças significa também abrir espaço para que outras tomem o seu lugar. 
Deixar ir embora. Soltar. Desprender-se.Ninguém está jogando nesta vida com cartas marcadas, portanto às vezes ganhamos, e às vezes perdemos. Não espere que devolvam algo, não espere que reconheçam seu esforço, que descubram seu gênio, que entendam seu amor. Pare de ligar sua televisão emocional e assistir sempre ao mesmo programa, que mostra como você sofreu com determinada perda: isso o estará apenas envenenando, e nada mais.
Não há nada mais perigoso que rompimentos amorosos que não são aceitos, promessas de emprego que não têm data marcada para começar, decisões que sempre são adiadas em nome do “momento ideal”. Antes de começar um capítulo novo, é preciso terminar o antigo: diga a si mesmo que o que passou, jamais voltará. 
Lembre-se de que houve uma época em que podia viver sem aquilo, sem aquela pessoa - nada é insubstituível, um hábito não é uma necessidade. Pode parecer óbvio, pode mesmo ser difícil, mas é muito importante. Encerrando ciclos. Não por causa do orgulho, por incapacidade, ou por soberba, mas porque simplesmente aquilo já não se encaixa mais na sua vida. Feche a porta, mude o disco, limpe a casa, sacuda a poeira. Deixe de ser quem era, e se transforme em quem é.