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sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Conselhos de Ouro para Líderes do sec 21

Coach dos mais bem-sucedidos CEOs do mundo, Ram Charan apresenta
conselhos de ouro para os líderes do século 21

“Quantos tem um iPhone?”, perguntou Ram Charan no início de sua
palestra na HSM ExpoManagement 2012. A pergunta era um gancho para que
ele traçasse paralelos entre as marcas de celulares que, em curto
espaço de tempo, tiveram seus destinos remoldados pelo mercado.
Segundo Charan, os líderes precisam identificar e adorar essas
mudanças, pois “nenhum atleta se torna campeão sem ritmo, disciplina e
determinação para treinar, treinar e treinar.” O palestrante enumerou
práticas eficazes para os líderes que quiserem sobreviver às
incertezas:

Ame a mudança O reconhecido autor de negócios afirmou que, para se
obter o know-how do século 21, é preciso amar o novo. “Crie o novo e
aprenda a identificar e encontrar as mudanças”. No caso dos celulares,
foi necessário agir com muita velocidade, algo que nem todos tinham
para oferecer. “Com que rapidez o destino de suas marcas mudou?”,
questionou.

Tenha velocidade para mudar. Charan chamou a atenção especial para
este item com os casos da Samsung e da Sony no mercado de tecnologia.
“Se a mudança for mais rápida que você, o rápido vai devorar o lento”.
Para o professor, a velocidade se desenvolve com hábitos simples.
Pergunte-se: você tem velocidade? “A velocidade é o nome do jogo daqui
para frente”.

Reposicione seu negócio . Qualquer pessoa hoje tem acesso à informação
instantaneamente. “Será que isso vai criar nova oportunidade para
mim?”. Veja como muitas empresas não conseguem se reposicionar porque
ficam paradas no tempo e não buscam informação. Como você se atualiza?
4.Tenha coragem para buscar a mudança e determinação para fazê-la
acontecer “Muitos buscam, mas poucos têm coragem de fazer a mudança
acontecer”, afirmou, citando que a chegada do iPhone era sabida. “Ou
não entenderam a velocidade da mudança, ou não tiveram coragem de
fazer as coisas acontecerem. Toshiba, Sony e Philips deixaram a
oportunidade passar”. Charan explica que isso mudou mais do que um
setor numa velocidade grande. “Nos Estados Unidos, a indústria de
livros está sendo impactada pela Apple e sofre com isso. E a Apple se
tornou a empresa mais valiosa do mundo”. Isso é posicionamento e
reposicionamento do negócio.

Inspire pessoas “Não importa sua função, nem a empresa em que
trabalha: inspirar pessoas é o know-how do século 21”, afirmou.
“Inspire as pessoas, amplie seu potencial, ouça. Por mais brilhante
que você seja, é líder de pessoas, e os líderes têm uma visão e a
comunicam”.

Tenha visão, e não alucinação . Charan explicou que a visão tem de ser
tangível. “Algumas são práticas, outras são ruins, e algumas são
alucinação”. Quando se busca a mudança e se acompanha a velocidade, a
visão não se torna obsoleta. Para o professor, a compreensão da
inspiração cria energia e expande a mente. Crie a visão.

Observe a conectividade Tudo o que acontece no mundo gera impactos
para o mundo todo. Se o nível de emprego cai, por exemplo, toda a
coletividade é prejudicada. Para Charan toda nova geração do mundo se
conecta de alguma forma e o tempo todo. “Quando a gente vê o que
realmente importa, estamos com os pés no chão”.

Esteja preparado para gerenciar extremos “Caia dos 50 mil pés para 50
pés de altura”, aconselhou, afirmando que essa é uma competência que
todos os presidentes têm, porque o mundo tem cada vez mais informação
e isso se multiplica com muita velocidade. É preciso estar preparado
para esses dois extremos.

Seja curioso Onde quer que se vá, independente das pessoas, é preciso
fazer perguntas, ser curioso. Crie esse hábito e o transforme em
requisito para o futuro. Charan salientou que o mundo caminha e as
oportunidades futuras estão no Hemisfério Sul. “O que isso
significa?”, é a pergunta que os líderes devem fazer. Pergunte-se
todos os dias: o que há de novo?

Expanda a imaginação e aumente sua amplitude de visão do mundoExpanda
sua imaginação e considere todas as conexões existentes no mundo para
que possa fazer a mudança acontecer. Charan aconselha buscar a conexão
entre os pontos e ver a mudança tomar forma. Ele alerta: “As empresas
podem ser eliminadas do mapa rapidamente, e o contrário também pode
acontecer”. Na conclusão de sua apresentação, o palestrante pediu que
a plateia memorizasse pelo menos dois desses itens e praticasse como
um atleta. “Mantenha as coisas simples e tente disseminar essas
lições, tornando-se multiplicadores delas. O Brasil já viveu tempos
muito diferentes dos de hoje, vocês são um país em construção.
Continuem assim. A liderança é uma arte que se pratica”, finalizou.

quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Não sei.......nas empresas

Cada um de nós nasceu para se tornar alguma coisa na vida profissional, mas nossos planos raramente incorporam uma variável que atende pelo nome de Destino. 
O Destino é aquela diferença entre o que queremos fazer da vida e o que a vida faz de nós.           por isso, todos sonhamos com o que seremos, mas nem todos seremos o que sonhamos e
parte desse desencontro entre a aspiração e a realidade reside em nossa falta de perspicácia para descobrir, o mais cedo possível, qual é a nossa verdadeira vocação. 

Se você ainda não sabe qual é a sua verdadeira vocação, imagine a seguinte cena:
Você está em pé, saboreando um merecido instante de introspecção. Ali, olhando pela
janela. Não há nada especial no céu, apenas algumas nuvens esparsas e esquálidas. 

De repente, chega alguém que também não tem nada de útil para fazer e lhe pergunta: "Será que vai chover?" 
Se você responder "Com certeza", a sua área é Vendas. O pessoal de Vendas é o único que sempre tem certeza de tudo. 
Se a sua resposta for "Sei lá, estou pensando em outra coisa", a sua área é Marketing. O pessoal de Marketing está sempre pensando naquilo que os outros não estão. 
Se você responder "Sim, há uma boa probabilidade de chover hoje", você é de uma das muitas áreas de Engenharia, sempre disposta a transformar o Universo em números. 
Se a sua resposta for "Depende", você nasceu para trabalhar em Recursos Humanos, uma área em que qualquer fato sempre está na dependência de uma série de outros fatos. 
Se você responder "A meteorologia diz que não", você é de Contabilidade, a que sempre confia mais nos dados concretos do que na intuição. 
Se a resposta for "Sei lá, mas, por via das dúvidas, eu trouxe o guarda-chuva", pode ir direto para o departamento Financeiro, que deve estar sempre preparado para qualquer virada repentina da situação.
Agora, se você responder "Não sei", há uma razoável chance de que você tenha uma carreira de sucesso e acabe chegando aos postos mais altos da empresa - estou incluindo aí até mesmo a presidência. De cada cem pessoas, só uma tem a coragem de responder "Não sei" quando não sabe.
As outras 99 sempre acham que precisam ter uma resposta pronta, seja ela qual for, em qualquer circunstância. Elas imaginam que "Não sei" é sinônimo de ignorância, e não de sabedoria. E isso gera uma brutal perda de produtividade, porque "Não sei" é sempre uma
resposta que economiza o tempo de todos, evita mal-entendidos desnecessários e predispõe os envolvidos a conseguir dados mais confiáveis antes de decidir. Parece simples, mas responder "Não sei" é uma das coisas mais difíceis de aprender na vida corporativa. 

Por quê? Eu, sinceramente, não sei.

quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Suas decisões são Transformadoras?

Quantas decisões realmente importantes você toma na sua vida profissional? Você já deve ter lido sobre decisões de executivos, que normalmente admitem que 1/3 foram boas decisões, 1/3 foram más
decisões e o restante fica entre estes.
Mas pense em decisões realmente importantes, aquelas que mudam o curso do desenvolvimento da empresa, aquelas que causam uma inflexão na curva de crescimento... São aquelas decisões estratégicas que
realmente "fazem a diferença"!
Para estas decisões transformadoras, a faixa de acerto de apenas 1/3 de boas decisões, é absolutamente inaceitável. Só nas coisas corriqueiras é que se pode ter o luxo de acertar apenas 1/3 das decisões tomadas!
Embora um executivo pareça tomar importantes decisões diariamente, estas são normalmente de pequenos ajustes, de orientações e de complementação de alguma atividade de importância limitada e de efeito
no curto prazo. São na verdade, apenas decisões de implementação e de execução. 
As decisões transformadoras são muito mais raras. Arrisco a dizer que são as decisões críticas a que um executivo raramente se expõe. Estas causam efeito e consequências se não forem tomadas, se forem tomadas
corretamente podem gerar grandes benefícios, ou ainda se forem tomadas erroneamente causam grandes problemas e podem até comprometer a existência da empresa.
Na verdade, acredito que os executivos são pagos para identificarem e tomarem estas decisões, embora muitas vezes sejam glorificados ou condenados pelas decisões menos importantes, sobre as coisas diárias.
Apenas como exemplo, a minha própria experiência à frente da empresa Volvo CE LA durante 12 anos é de que as decisões transformadoras foram muito poucas. É verdade, foram muito importantes e fundamentais para o
crescimento da empresa, tanto que promoveu o crescimento do faturamento de 12 vezes em 12 anos. Mas a reflexão recente me levou a uma lista de apenas 5 decisões transformadoras tomadas ao longo destes
anos.

Foram estas decisões:


a) Reestruturação da empresa no início da gestão, quando os equívocos anteriores precisavam ser desfeitos e a cultura precisava ser alterada significativamente, trazendo à luz da realidade a organização.

b) Reposicionamento da marca o dos produtos no mercado, fazendo com que marca se tornasse uma das mais respeitadas no mercado e o produto fosse devidamente valorizado pelos clientes e pela rede de distribuição em toda América Latina.
c) Crescimento através da expansão do portfólio de produtos, que foi a decisão da estratégia adotada para promover o crescimento da empresa durante o período, com o faturamento passando de USD 58M para USD 716M em 12 anos de atividades.
d) Descentralização geográfica para o crescimento na América Latina,que posicionou a empresa em todos países mais importantes da América Latina, equilibrando os riscos de longo prazo com a distribuição dos negócios entre o Brasil e os demais países da América Latina.
e) Introdução da estratégia de Dual Branding, que promoveu o apoio à marca de combate aos novos entrantes de baixo custo no mercado e promoveu uma nova frente de crescimento para o grupo e para os distribuidores.
Cada uma destas 5 decisões transformadoras produziu necessidades que geraram uma séria de atividades adicionais e que foram muitas vezes as mudanças visíveis e percebidas pelas pessoas e pelo mercado.
Este exemplo serve apenas para dar a dimensão das decisões transformadoras numa organização e indicar a natureza delas. Como sempre comento, não há validação estatística, mas tem o poder da realidade.
Aqueles que aspiram ser executivos líderes de negócios devem perceber que os acionistas e investidores pagam por estas decisões. Não há dúvidas de que muitos apenas tomam as decisões de execução, seguindo
as diretrizes corporativas. Mas a essência das tomadas de decisões só pode ser avaliada num período mais longo, em que as consequências das decisões se fazem visíveis e mensuráveis.
Empreendedores precisam identificar e tomar estas decisões arcando com os riscos para poderem crescer os seus negócios. Ao evitar os riscos das decisões transformadoras, podem matar as oportunidades de crescimento do seu próprio negócio.
Avalie se as suas decisões são realmente relevantes e significativas,se são mesmo transformadoras. Estas darão pêso à sua presença e determinarão o seu real valor no mercado.
byYOSHIO KAWAKAMI