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quarta-feira, 28 de outubro de 2015

Os cinco pilares da motivação

A motivação é, definitivamente, um desejo de todos. O empresário espera que seus funcionários trabalhem motivados e engajados, já que é indiscutível o impacto positivo disto no resultado corporativo. Por outro lado, o profissional também quer levantar pela manhã sentindo ânimo para ir ao trabalho, ao invés de se arrastar para fora da cama com o pesar de quem vai para um martírio diário.


Muitas empresas têm desenvolvido ações pitorescas para alavancar a motivação da equipe. Dentre elas, estão: a instalação de uma área de lazer para os funcionários; implantação de sistemas de remuneração direta e indireta bastante agressiva e, ainda, empresas que se aventuram em planos de carreira arrojados. Tudo isto funciona? Depende.

A motivação é gerada por um conjunto de fatores. As ações citadas anteriormente, só funcionam quando estão inseridas em um contexto corporativo e fazem parte de um pacote de iniciativas. E, para elaborar este plano motivacional, recomendamos a observação de cinco fatores fundamentais:

1 - Relacionamento interpessoal e clima
Dentre as necessidades naturais do ser humano, uma das mais primitivas é a de pertencer a uma "tribo", ou seja, no ambiente corporativo, seria sentir-se parte de uma equipe de trabalho onde reina a interação, a cooperação e o foco em um único objetivo coletivo.

Outra necessidade imperativa é o respeito. Mesmo que possa parecer óbvio, o respeito nem sempre é uma prática corporativa, pois a competitividade entre os funcionários e a insegurança profissional faz com que muitos passem a atuar de uma forma eticamente questionável, o que gera um clima de trabalho predatório e tenso.

2 - Sistema de remuneração
Algumas escolas acreditam que a motivação está inteiramente ligada à remuneração. Nesta linha de pensamento, quando maior o salário, maior seria o engajamento, mas, na prática, o que observamos é que o salário tende a gerar estabilidade, mas, não necessariamente, motivação.

O sistema de remuneração tem que ser equilibrado, com salários proporcionais ao nível de responsabilidade de cada função na empresa e as bonificações devem ser proporcionais aos resultados obtidos no período, ou seja, a tal meritocracia.

Quanto aos benefícios, o melhor sistema é aquele alinhado com o perfil da empresa. Pouco adianta implantar uma licença maternidade estendida em uma empresa que tem 80% do quadro masculino. Ou oferecer um robusto vale-refeição se a planta fica localizada em uma região industrial sem opções para alimentação externa.
Também é interessante colocar aqui que, prêmios por resultados devem ser cuidadosamente estudados. Não adianta dar o ingresso da final do torneio de futebol para uma mulher que adora balé. Ou até um cruzeiro pelo litoral em um período que a pessoa não pode ir porque a mulher está trabalhando e os filhos estudando.

3 - Infraestrutura
Não há motivação que resista a paredes descascando, baratas no banheiro e uma cadeira torta... Sim, a cadeira que a pessoa passa oito horas por dia sentada. A pessoa deve se sentir bem no local de trabalho. E aqui é fundamental atentar para ambientes fabris, pois fábrica não é desculpa para desorganização e sujeira, o que, aliás, as pessoas nem apreciam na própria casa.

As pessoas devem se sentir bem no local de trabalho, inclusive seguras. Já perdi a conta de quantas pessoas deixaram seus empregos porque se sentiam vulneráveis a assaltos ou situações desagradáveis no atendimento ao público.

4 - Metas e desafios
Ao definir metas, lembre-se que elas devem ser tangíveis e possíveis, e, para que elas se tornem desafios, é importante também que elas não sejam fáceis demais.

O ser humano é movido pela necessidade de superação. É assim que a humanidade conseguiu avançar tecnologicamente e ainda conseguirá infinitamente. Mas, no ambiente corporativo, para que as metas sejam motivadoras, é fundamental que os funcionários sintam-se desafiados por elas e, consequentemente, reconhecidos por isto.

Atenção especial para a questão do reconhecimento, que, além do que já mencionamos anteriormente no quesito remuneração, também é importante que ocorra através de elogios, tapas nas costas etc. Apesar de muitos desacreditarem desta prática, é fato de que este reconhecimento público pelas conquistas ainda é importante para muita gente.

5 - Qualidade de vida
Além de massagens nos pés e uma mesa de bilhar na área de lazer, qualidade de vida está na verdade relacionada ao fato da pessoa ter vida pessoal, momentos de dispersão da atividade profissional, onde possa desligar-se dos problemas para que, ao retomá-los possa ter a mente clara para enxergar soluções plausíveis.

A motivação está em conseguir conciliar a vida pessoal com as atividades profissionais sem prejuízo a nenhum destes dois aspectos. E a empresa pode facilitar ou não para que isto ocorra. Se a pessoa não pode sair em férias sem que o celular toque, considere que há algo a ser revisto na gestão, não somente por uma questão de qualidade de vida do funcionário, mas também porque, se a empresa não pode ficar um mês sem alguém, então é possível que ela esteja refém deste colaborador, e isto não é bom para qualquerorganização.

Outro exemplo interessante é que, se a empresa tem que realizar ações para reduzir o estresse dos funcionários, também cabe avaliar o que está gerando tal tensão. Talvez seja mais interessante, quando é possível, remover o fator estressante do que investir em iniciativas para tentar aplaca-lo depois.

Enfim, quero deixar claro que implantar áreas de lazer ou sistemas de remuneração arrojados é interessante sim, mas desde que faça parte de todo um contexto corporativo. Este tipo de investimento é muito válido quando faz parte de um plano elaborado de forma que esteja alinhado com a cultura, o perfil e a estratégia corporativa, e não quando aparece como uma ação isolada em um cenário totalmente divergente.

Investir em motivação é retorno garantido quando é desenvolvido de forma estratégica. Pense nisso.

Por Flávia Garbo

segunda-feira, 14 de setembro de 2015

Chefes promovem mais da metade das puxadas de tapete

Mais da metade das “puxadas de tapete” no ambiente de trabalho são promovidas por chefes ou superiores hierárquicos das vítimas. É o que revela pesquisa realizada pelo portal de carreiras Vagas.com. Participaram do levantamento 3.834 profissionais, com idades entre 16 e 60 anos. A maior parcela dos respondentes (55%) ocupa cargos operacionais, seguida por analistas e especialistas (22%), 13% integram quadros de média gestão e 8% têm postos na alta administração das empresas. Os 2% restantes foram respondidos por trabalhadores desempregados no momento e profissionais liberais.
62% dos pesquisados afirmam ter sofrido alguma ação que denota puxada de tapete no trabalho, caracterizada por ações que prejudicaram a carreira: 27% dos casos foram protagonizados pelo chefe imediato. Outros 27% informaram que as ações foram perpetradas por alguém com cargo mais alto na hierarquia. Para 34%, a transgressão foi promovida por indivíduo do mesmo nível hierárquico. E apenas 11% relataram ter sofrido algum tipo de ação prejudicial por profissionais com cargo inferior.
“Esses dados mostram que os gestores estão, em algumas ocasiões, sabotando o trabalho de integrantes de sua própria equipe ou de subordinados para levarem algum tipo de vantagem em sua carreira ou na companhia onde trabalham”, analisa Rafael Urbano, especialista em Inteligência de Negócios na VAGAS.com. “É um indicador surpreendente e ao mesmo tempo muito preocupante, pois demonstra que a maior parte dos líderes não está administrando sua equipe como deveria”.
Foram considerados no levantamento nove tipos de ações configuradas como puxada de tapete no ambiente de trabalho. “Ter confiado muito em uma pessoa que depois viria a prejudicar sua imagem” foi a campeã, com 32% das respostas, seguida por “roubo de crédito para ideia ou iniciativa”, com 23%. Os respondentes puderam apontar mais de uma situação de que foram vítimas. Veja abaixo as demais situações e resultados:
- “excluíram você de algum projeto para não te dar visibilidade” - 17%
- “foi acusado por algo que nunca participou” - 13%
- “outra situação favorecendo colegas sem o devido mérito, independente da capacidade profissional” - 13%
- “passaram por cima da sua autoridade. Tomaram uma atitude que deveria ter sido feita por você” - 12%.
- “levaram você a erro para se aproveitar de alguma situação” - 11%
- “deu muita atenção à “rádio peão” e acabou tomando uma atitude precipitada que prejudicou sua carreira” - 6%.
- “não sofreu nenhuma destas ações ou situações” - 38%
Vítimas são demitidas ou perdem promoções - O levantamento procurou entender dos entrevistados o que aconteceu com eles após passarem por algumas das ações listadas anteriormente. Entre as múltiplas escolhas, somaram 19% os que foram demitidos. Para 26%, nada mudou, enquanto que outros 26% informaram não ter recebido o reconhecimento ou promoção que mereciam. Em 14% dos casos, foram chamados à atenção e 13% sofreram algum tipo de represália. Do total, 12% pediram demissão; 6% acionaram um canal institucional, mas não obtiveram resposta; e apenas 3% procuraram esse mesmo canal e conseguiram um posicionamento da empresa.
A pesquisa foi realizada de 17 a 22 de julho por meio eletrônico com candidatos cadastrados no portal. A amostra foi constituída igualmente (50%) por indivíduos dos sexos masculino e feminino.

terça-feira, 8 de setembro de 2015

Encerrando Ciclos

Sempre é preciso saber quando uma etapa chega ao final. Se insistirmos em permanecer nela mais do que o tempo necessário, perdemos a alegria e o sentido das outras etapas que precisamos viver. Encerrando ciclos, fechando portas, terminando capítulos - não importa o nome que damos, o que importa é deixar no passado os momentos da vida que já se acabaram. 
Foi despedido do trabalho? Terminou uma relação? Deixou a casa dos pais? Partiu para viver em outro país? A amizade tão longamente cultivada desapareceu sem explicações? 
Você pode passar muito tempo se perguntando por que isso aconteceu. Pode dizer para si mesmo que não dará mais um passo enquanto não entender as razões que levaram certas coisas, que eram tão importantes e sólidas em sua vida, serem subitamente transformadas em pó. Mas tal atitude será um desgaste imenso para todos: seus pais, seu marido ou sua esposa, seus amigos, seus filhos, sua irmã, todos estarão encerrando capítulos, virando a folha, seguindo adiante, e todos sofrerão ao ver que você está parado. 
Ninguém pode estar ao mesmo tempo no presente e no passado, nem mesmo quando tentamos entender as coisas que acontecem conosco. O que passou não voltará: não podemos ser eternamente meninos, adolescentes tardios, filhos que se sentem culpados ou rancorosos com os pais, amantes que revivem noite e dia uma ligação com quem já foi embora e não tem a menor intenção de voltar.
As coisas passam, e o melhor que fazemos é deixar que elas realmente possam ir embora. Por isso é tão importante (por mais doloroso que seja!) destruir recordações, mudar de casa, dar muitas coisas para orfanatos, vender ou doar os livros que tem. Tudo neste mundo visível é uma manifestação do mundo invisível, do que está acontecendo em nosso coração - e o desfazer-se de certas lembranças significa também abrir espaço para que outras tomem o seu lugar. 
Deixar ir embora. Soltar. Desprender-se.Ninguém está jogando nesta vida com cartas marcadas, portanto às vezes ganhamos, e às vezes perdemos. Não espere que devolvam algo, não espere que reconheçam seu esforço, que descubram seu gênio, que entendam seu amor. Pare de ligar sua televisão emocional e assistir sempre ao mesmo programa, que mostra como você sofreu com determinada perda: isso o estará apenas envenenando, e nada mais.
Não há nada mais perigoso que rompimentos amorosos que não são aceitos, promessas de emprego que não têm data marcada para começar, decisões que sempre são adiadas em nome do “momento ideal”. Antes de começar um capítulo novo, é preciso terminar o antigo: diga a si mesmo que o que passou, jamais voltará. 
Lembre-se de que houve uma época em que podia viver sem aquilo, sem aquela pessoa - nada é insubstituível, um hábito não é uma necessidade. Pode parecer óbvio, pode mesmo ser difícil, mas é muito importante. Encerrando ciclos. Não por causa do orgulho, por incapacidade, ou por soberba, mas porque simplesmente aquilo já não se encaixa mais na sua vida. Feche a porta, mude o disco, limpe a casa, sacuda a poeira. Deixe de ser quem era, e se transforme em quem é.

quinta-feira, 14 de maio de 2015

As 15 frases que constroem os relacionamentos corporativos

Não está se sobressaindo em seu trabalho? Pode ser que você não tenha uma boa comunicação. Veja as frases que precisam estar no seu dia a dia


Nunca foi tão difícil ganhar espaço no chamado “jogo corporativo”. Entre profissionais tão competitivos, pequenas vitórias e boas relações são necessárias para se sobressair. O que muitos não sabem é que o segredo da boa convivência está além do dinheiro e do poder. Muitos trabalhadores querem ser ouvidos, sonham em receber uma chance justa de fazer a diferença. Eles querem se sentir especiais e tudo começa com uma boa comunicação.

Em um artigo publicado na Forbes, Jeff Schmitt afirma que as palavras podem ser ferramentas importantes para ter uma carreira bem-sucedida. Se você conseguir se comunicar bem, dizendo as palavras certas em seu cotidiano de trabalho, com o tempo, o seu caráter e competência podem ser revelados por suas ações. “Neste mundo, são usadas palavras certas nos momentos certos e dessas conversas é possível construir pontes entre pessoas”, disse Schmitt.

Quer aproveitar os anseios mais profundos de seus colegas e superiores? Considere então as 15 frases em suas conversas diárias:

1. “Obrigado”. Cortesia comum? Sim. Mas lembrem-se: Quando foi a última vez que você se esqueceu (ou rejeitou) gratidão? Se dado em público ou privado, um sincero ‘obrigado’ cria boa vontade. Não se esqueça do conselho de sua mãe: “Diga, por favor”. As pessoas são sempre mais felizes quando fazem um favor do que tomar uma ordem.

2. “Eu confio em seu julgamento”. Tradução: “você tem a minha permissão. Eu acredito em você. Agora, vamos fazer acontecer”. Você se sente bem em ouvir isso, não é? Segundo Schmitt, muitas pessoas fariam quase qualquer coisa para agradar alguém que as fazem se sentir assim. Seus funcionários e colegas não são diferentes.

3. “Eu não sei”. Ninguém tem todas as respostas. E isso pode assustar muitos profissionais. Esse é um ponto perfeito para começar um diálogo. Enfrentar o desconhecido – e buscando garantias de respostas. Tudo o que você tem a fazer é, primeiramente, admitir que você não sabe.

4. “Me diga mais”. “Eu sou todo ouvidos”: é o início de uma longa conversa – pois todos gostam de serem ouvidos. “Quando você mostra que está aberto e intrigado com algo, a pessoa vai responder à altura. E quem pode resistir à bajulação?”, indagou o autor do artigo. Por isso, use frases como “O que você acha?” ou “O que você faria?”. Dê um reconhecimento à experiência de alguém.

5. “O que você quis dizer é…”. Você já perguntou a alguém sobre algum assunto que não entendeu? Essa é uma forma de manter as ideias fluindo. Dê uma chance para as pessoas reformularem seus pensamentos ou, se foi aquilo mesmo que elas disseram, não há nada de errado não ter entendido. Além de dar continuidade no papo, terá menos chances de ambiguidade no que foi dito e ouvido.

6. “Estou nessa”. Desta maneira você mostra o quão é companheiro. “Isso pode desarmar qualquer pessoa”, assinala Schmitt. Para um compromisso mais profundo, termine a frase com “Você tem a minha palavra”.

7. “O que mais posso lhe ajudar?”. É preciso ter coragem para fazer tal pergunta. Pessoas rejeitam essa gentileza com medo do ridículo ou da retaliação. Mas esse é um modo de estender a conversa. Também, não tenha medo de pedir ajuda, ocasionalmente. As pessoas gostam de ajudar quem precisa. Quando você é humilde e vulnerável, você se humaniza. Isso te torna um deles. E as pessoas confiam naqueles com quem se identificam.

8. “Me desculpe”. Todos já cometeram grandes erros. O difícil é reconhecer a gravidade e se desculpar com quem foi atingido por ele.

9. “O prazer é meu”. Schmitt lembra um ponto-chave no ambiente de trabalho: “você está aqui para ajudar os outros. Você está aqui porque quer e isso te faz feliz”.

10. “E se…”. Pode ser imaginação, inspiração ou visão. O “por que não?” impulsiona homens e mulheres para sonharem, irem além de seus limites. Coloque todas as opções sobre a mesa, ouça quem está à sua volta. Não julgue-os com base em considerações orçamentais, tempo de trabalho ou questões culturais. “Claro, a maioria das ideias não serão viáveis ou relevantes. Mas você está buscando o que torna a sua organização um pouco mais competitiva e agradável”, diz Schmitt.

11. “Deixe-me bancar o advogado do diabo”. Procura uma maneira sutil de criticar? Torne a conversa em um exercício de retórica e convencimento. Você pode usar essa estratégia para confrontar as ideias alheias e mostrar claramente seus pontos de vista.

12. “Me deixe pensar sobre isso”. Isso pode soar como uma desculpa. E é, às vezes. O fato é que nem sempre temos a autoridade ou conhecimento para tomar decisões. Com esta frase, você ganha tempo para respirar, pensar melhor sobre o assunto. Ele sugere que você é uma pessoa aberta e o pedido merece consideração. Em seguida, defina uma data e hora para fazer a decisão, para que a pessoa saiba que está levando a sério.

13. “Ficou muito bom!”. Às vezes, não é suficiente apenas dizer obrigado. As pessoas gastam bastante tempo e disposição em seus projetos. Elas precisam mais do que o reconhecimento de que uma tarefa ou meta concluída. Elas necessitam saber se o seu trabalho foi especial e tinha significado para alguém.

14. “Você tem razão”. Quer chamar atenção de alguém? Diga-lhe que ele está certo. Depois de derrubar o muro entre vocês, é muito mais fácil estabelecer uma amizade e um bom aliado.

15. “Eu entendo”. Todas as pessoas têm um desejo inato de ter semelhantes, ser ouvido e compreendido. Ajudar alguém nem sempre envolve fazer sugestões ou elogios, mas também estar presente quando precisam de você, prestando atenção ao que ele tem a dizer. Na maioria das vezes, isso é o suficiente para mostrar que você o entende

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015

10 características do falso líder

A busca incessante por lideranças que façam a diferença para o negócio, só tende a aumentar. Mesmo as empresas que já contam com líderes capacitados, que levem suas equipes a terem um ótimo desempenho, continuarão na constante captação de novos talentos e investirão na formação dos líderes do futuro. Apesar dessa visível preocupação focada nas lideranças, há ainda quem detenha o "título" de líder, mas que na verdade, no dia a dia, não consegue nem dar um norte às próprias atividades quanto mais a uma equipe formada por pessoas com experiências e competências comportamentais completamente diferenciadas. Infelizmente, ainda, há pessoas que conseguem "driblar" a real visão de que pertencem ao grupo dos que apenas delegam ordens, mas que nunca conseguirão segurar o "leme" dos profissionais que estão sob suas responsabilidades. Abaixo, seguem algumas características dos falsos líderes.


1 - "Eu sei de tudo. Dou conta do meu departamento e não preciso de modismos". Um verdadeiro líder sabe que seu desenvolvimento precisa ser constante. E mais: o aprendizado não ocorre somente de maneira formal, através de treinamentos. O gestor precisa ser autodidata e reconhecer que sempre é possível aprender com aqueles que formam seu time.

2 - Se a empresa institui um Programa de Desenvolvimento de Lideranças, o "pseudogestor" entra em pânico e é o primeiro a levantar a "bandeira da resistência". Tenta convencer os demais gestores de que essa ação, desenvolvida pelo "tal RH", é apenas para mostrar serviço e finca os "pés" na zona de conforto.

3 - Caso a área de Recursos Humanos procure o "falso líder" para dar respaldo às suas atividades ou, então, firmar parcerias que visem o bem-estar da equipe, torna-se visível a repulsa. Para ele, o RH nada tem a fazer em seu departamento e deve preocupar-se apenas com assuntos burocráticos. A "moda" de RH Estratégico é passageira e sua equipe não necessita de intrusos para atrapalhar.

4 - Quando uma atividade mais complexa precisa ser desenvolvida, o falso líder convocar um ou dois membros da sua equipe para realizar o trabalho. Determina prazos, mas não acompanha o processo. Ao final, cobra o conteúdo produzido, dirige-se à diretoria para cumprir das determinações e, em momento algum, cita que contou com a "ajuda" de terceiros. Os "louros" recaem sobre sua cabeça, o que garante a sua permanência no cargo de "liderança".

5 - Outra característica de quem se autointitula de líder, mas que na prática passam bem longe, é acreditar que todos que estão ao seu redor cobiçam sua colocação na empresa. Quando identifica alguém que pode destacar-se e chamar a atenção dos dirigentes, imediatamente providencia o desligamento do profissional porque se sente ameaçado.

6 - Para o falso líder, a comunicação interna é pura perda de tempo. E indaga: "Por que parar para conversar com a equipe, se as pessoas terão que parar suas atividades por uma hora ou até menos? Todos têm que continuar a todo o vapor em suas atribuições, afinal são pagos para trabalhar e não para conversar, mesmo que os assuntos estejam relacionados à superação de metas.

7 - E por falar em metas, quando o "falso líder" percebe que seu setor ficará abaixo das expectativas da empresa, utiliza um estimulo motivacional, no mínimo, bizarro. Apela para gritos, ameaças de demissão e chega a cometer ações consideradas como assédio moral.

8 - A política de Portas Abertas para o "falso líder" só deve ser colocada em prática se a outra pessoa detém o título de liderança, é seu superior ou alguém que comparece à empresa para tratar de assuntos do seu próprio interesse.

9 - Se uma equipe é o reflexo do seu gestor, aqueles que estão sob o julgo da "falsa liderança" apresentam sinais preocupantes para qualquer empresa como, por exemplo, desmotivação, situações de conflitos constantes entre os pares, presenteísmo, absenteísmo e baixo desempenho.

10 - Um péssimo hábito de um "falso líder" também se apresenta quando o processo de avaliação de desempenho chega às suas mãos, para que ele cumpra o papel de analisar a performance dos liderados. Ao invés de considerar os pontos fortes e aqueles que precisam ser trabalhados em cada pessoa que compõe o time, faz elogios apenas com quem esporadicamente simpatiza e deteriora a imagem dos demais colaboradores, mesmo que tenham uma atuação digna de elogios.
Por Patricia Bispo

terça-feira, 3 de fevereiro de 2015

O líder, a decisão e sua equipe

Ouvimos todos os dias exemplos e informativos de que o Líder prepara para decidir. E é com esse enfoque que pretendo fazer uma comparação da teoria com que, de fato, acontece na realidade das empresas. 


Quando lemos ou estudamos o papel do líder nas organizações, quase sempre observamos sua responsabilidade com o time e com o 
crescimento do mesmo. Sua atuação não está mais baseada na 
busca pelo melhor no seu trabalho, e sim no atingimento do resultado através da sua equipe, considerando, essencialmente, a potencialidade 
do papel de cada membro.

E quando perguntamos aos comandados o que eles esperam do seu 
gestor, suas expectativas neste sentido podem ser traduzidas pela necessidade de alguém que os ajude a desenvolver certas habilidades 
e competências.
Por mais que na teoria saibamos que, para a realização de nossas 
atividades com qualidade, não existe a necessidade de um Gestor, 
na prática a evidência é outra. O Gestor, definitivamente, é 
responsável pelo sucesso ou não do time e pelos resultados da 
empresa.

O Líder não, necessariamente, irá agradar a todos, pois seu papel 
não é ser o mais querido e sim o mais eficiente no direcionamento 
do seu grupo. Porém, quando olhamos para as organizações, 
podemos encontrar diferentes perfis de líderes.

No cotidiano das empresas, observamos, com maior freqüência, 
que existem Gestores que apresentam comportamentos de 
tomada de decisão centralizadora e diretiva. Geralmente, 
esse tipo de comportamento faz as pessoas mais ousadas ou 
criativas se sentirem limitadas e insatisfeitas.
Atualmente, infelizmente, são poucas as empresas que podem se 
considerar competentes no desenvolvimento da alta gestão. 
As pessoas ganham poder, porém lhes falta a capacidade para 
liderar. 

Os profissionais com cargo de liderança, quando questionados, caracterizam-se como verdadeiros gestores de pessoas. Porém, 
quando você observa a comprovação dessas competências em 
membros de sua equipe, sente falta de indicadores precisos e 
convincentes que comprovem essa competência no dia-a-dia.

A equipe será o resultado das atitudes e decisões de sua gestão. 
A concordância não é sinônimo da melhor decisão, porém o Líder 
precisa ser inteligente para achar a melhor opção e também ser 
humilde para confessar e aceitar que nem sempre sua decisão é a 
melhor e a mais acertada. 

O líder precisa ser, basicamente, um homem que demonstra energia 
e confiança, conseguir avaliar a equipe o tempo todo, não ter medo 
de tomar decisões nada populares, ter visão de futuro. 
Precisa saber sonhar e, ao mesmo tempo, fazer acontecer. 

Ticiana Canto