sexta-feira, 30 de julho de 2010
quarta-feira, 28 de julho de 2010
Talento é nato? by Frederico Porto
Quando se fala em talento, logo pensamos em Mozart, Machado de Assis,
Pelé ou Ayrton Senna. Ao mesmo tempo, pensamos que estas pessoas
conseguiram ser extraordinárias em suas atividades sem esforço.
Será que isso é verdade?
Não! Não é verdade. Os estudos atuais cada vez mais demonstram que a
excelência em uma determinada área é fruto de muito esforço. Até mesmo
para os “gênios”. Além disso, não se trata apenas de uma questão de
esforço, pura e simplesmente, mas de esforçar-se de maneira correta.
Esforçar-se da maneira certa explica questões como o fato do recorde
da maratona dos Jogos Olímpicos de 1896 ser somente um minuto
mais rápido que o tempo necessário para classificar-se para a atual
Maratona de Boston., Ou, ainda, , que quando Tchaikovsky compôs
o seu concerto para violino e apresentou aos dois maiores
violinistas da época, estes afirmaram ser impossível tocar tal composição.
Sendo hojé é parte do repertório de qualquer violinista profissional.
O que acontece é que os indivíduos descobrem, após as superações,
maneiras de esforçar-se ainda mais ou métodos de treinamento,
que, levam a um novo nível de performance. Os estudos atuais
mostram que três fatores em conjunto são os responsáveis pelo talento:
1-Treinamento Profundo
2-Motivação
3-Mentores competentes
A crença de que o talento é algo nato aponta para a afirmativa
de que esses indivíduos atingiriam um nível excepcional de
performance rapidamente, logo que adquiram as habilidades e
conhecimentos básicos do domínio em questão. Ou seja, basta ensinar
para os Ronaldos da vida o básico do futebol que eles atingirão um nível espetacular.
Mas, para provar que esta teoria não é exatamente uma teoria acertiva,
posso citar os estudos com jogadores de xadrez; um jogo que permite
comparar jogadores atuais com outros já aposentados ou falecidos.
Ninguém atingiu um nível de mestre internacional de xadrez com menos de
dez anos de prática, mesmo gênios como Bobby Ficher ou Judith Polgar.
Esta regra dos dez anos é evidenciada em outros domínios, como na música,
matemática, tênis, natação e corrida de longa distância.
Logo, não seria diferente no mundo corporativo. Para que um executivo
chegue ao ápice de sua capacidade, são necessários, pelo menos, de
dez a 15 anos. Este tempo de cerca de uma década é o necessário para
praticar as famosas 10 mil horas que se afirma serem necessárias para que
um indivíduo transforme-se excelente no que desempenha.
Porém, para chegar a um nível excepcional de performance a prática deve
ser o que chamamos de treinamento profundo, que consiste em um aumento
na duração, intensidade e estrutura do treinamento. Fazendo uma analogia
com o esporte, trata-se do jogador que treina milhares de vezes a mesma
maneira de bater determinado tipo de falta, já que, se for depender de aprender
durante o jogo, ele irá bater esta falta pouquíssimas vezes. Neste ponto,
é importante salientar que, vai haver um momento da prática em que a pessoa
terá a sensação de que está pior que antes. O que não é verdade: a pessoa
estará mais consciente dos próprios erros.
Mas, como de fato podemos transpor isto para o mundo corporativo?
Quanto ao treinamento, primeiro é necessário entender que, escolhendo
focar nas forças ou nas fraquezas, de qualquer forma, será necessário
de praticar muito. O indivíduo deve procurar criar situações onde exercite
o que quer aprimorar. Winston Churchill treinava seus discursos na frente
do espelho. Procure observar pessoas que tem a habilidade que você
quer desenvolver. Todo processo de aprendizagem tem de ter feedback,
portanto, peça o feedback de outras pessoas sobre a sua evolução,
faça um diário onde possa anotar o seu dia, de forma que,
de tempos em tempos, reveja o seu desenvolvimento.
Lembre-se não é qualquer prática que leva à excelência.
Um aluno perguntou ao seu professor de violino quanto tempo ele tinha
de praticar para tornar-se um grande músico., Ao que o professor respondeu:
“ Realmente não importa quanto tempo. Se praticar com seus dedos,
nenhuma quantidade é a que chega. Se praticar com sua cabeça, duas horas são suficiente”.
Quanto à motivação, as pessoas talentosas têm uma insatisfação que as
impele a buscar a melhoria continua, e uma das maneiras de ativar
isto é entendendo que nós somos animais sociais, então um grande
motivador é querer fazer parte de um grupo especial. U um gestor dever
ser capaz de acender esta chama em sua equipe. Os membros da equipe
têm de querer se tornar um grupo talentoso e treinar para tal> neste ponto,
aqui entramos no terceiro fator responsável pelo talento, que são mentores competentes.
Um estudo com alguns mentores mostra que eles possuíam ao mesmo tempo
uma capacidade para acolher a pessoa, de entendê-las e pontuar, de maneira
objetiva, o que precisava ser melhorado, pois se não for objetivo, não há como
via a prática chegar a maestria.
Reflita sobre o que quer aprimorar, procure entender o máximo sobre o tema,
busque referências de indivíduos brilhantes na área, e, melhor ainda, de
pessoas que você conhece e que foram capazes de aprimorar o que você também
quer aprimorar. Comece, imitando, pois é assim que todos começaram,
e pratique, mas pratique muito. Eu sei que, como executivo, a sua vida é
mais dura do que de um atleta, pois enquanto 90% do tempo dele é
dedicado ao treinamento, você, ao contrário, passa 90% na vida real e,
quando muito, tem 10% para ser treinado. Diante desta situação,
que vai requerer muita disciplina, eu sempre me pergunto até que ponto
estamos usando o talento nato para justificar a nossa preguiça de nos desenvolvermos.
*Frederico Porto é psiquiatra, nutrólogo e professor convidado da Fundação Getúlio Vargas e Fundação Dom Cabral. Atua também como coach e consultor de empresas
Talento é nato?
2-Motivação
3-Mentores competentes
segunda-feira, 26 de julho de 2010
Pense nos Momentos Bons
graves problemas de relacionamento,
não se detenha na lembrança dos momentos difíceis,
mas na alegria de haver atravessado
mais essa prova em sua vida.
Quando sair de um longo tratamento de saúde,
não pense no sofrimento
que foi necessário enfrentar,
mas na bênção de Deus
que permitiu a cura.
Leve na sua memória, para o resto da vida,
as coisas boas que surgiram nas dificuldades.
Elas serão uma prova de sua capacidade,
e lhe darão confiança
diante de qualquer obstáculo.
Uns queriam um emprego melhor;
outros, só um emprego.
Uns queriam uma refeição mais farta;
outros, só uma refeição.
Uns queriam uma vida mais amena;
outros, apenas viver.
Uns queriam pais mais esclarecidos;
outros, ter pais.
Uns queriam ter olhos claros;
outros, enxergar.
Uns queriam ter voz bonita;
outros, falar.
Uns queriam silêncio;
outros, ouvir.
Uns queriam sapato novo;
outros, ter pés.
Uns queriam um carro;
outros, andar.
Uns queriam o supérfluo;
outros, apenas o necessário.
Há dois tipos de sabedoria:
a inferior e a superior.
A sabedoria inferior é dada pelo quanto uma pessoa sabe
e a superior é dada pelo quanto ela tem consciência de que não sabe.
Tenha a sabedoria superior.
Seja um eterno aprendiz na escola da vida.
A sabedoria superior tolera;
a inferior, julga;
a superior, alivia;
a inferior, culpa;
a superior, perdoa;
a inferior, condena.
Tem coisas que o coração só fala
para quem sabe escutar!
(Chico Xavier)
quarta-feira, 21 de julho de 2010
Estudo aponta escassez de investimentos em
inovação no Brasil
Data: 16/07/2010
O Brasil precisa investir mais em inovação para alcançar uma posição sustentável e consolidada
entre as principais economias globais. Esta é a conclusão do mais novo estudo da
Roland Berger Strategy Consultants, uma das maiores e mais conceituadas consultorias em
gestão empresarial do mundo. Intitulado “A década do Brasil”, o trabalho analisa o desempenho
da economia do País e quais são os pontos de melhoria para alavancar o crescimento nacional.
“O potencial do Brasil é baseado em fortalezas únicas e grandes oportunidades”, avalia o
co-managing partner da Roland Berger, Rodrigo Dantas. De acordo com o executivo, o País
apresenta uma combinação única de quatro fatores para promover um crescimento
econômico sustentável: demanda doméstica, mercado de capitais, política e programas de
infraestrutura.
Se por um lado o cenário econômico favorece o crescimento do Brasil, os investimentos
em inovações não são suficientes para sustentar o desenvolvimento. A falta de incentivos
já apresenta impactos negativos. De acordo com o Global Innovation Index 2010, o País caiu
da 50ª para a 68ª posição no ranking mundial de inovação de 2010. Dentre os países da
América Latina, foi apenas o 7º colocado, comparado à 3ª colocação no último ano.
“Em 2009, no grupo dos países do BRIC, obtivemos o pior resultado”, alerta Dantas.
Para estimular as inovações, é necessário que haja esforços conjuntos entre os setores
público e privado. Fica sob responsabilidade do Governo o estímulo à criação de
pólos tecnológicos e redes de cooperação entre empresas e universidades, além da promoção
de classes e cidades criativas. A função das empresas é incentivar a superação das
barreiras à inovação por parte de seus CEOs e demais colaboradores.
Por que investir em estratégia e inovação?
Na visão de Rodrigo Dantas, no início de 2010, muitas empresas reagiram rapidamente e
de forma decisiva durante a crise, cancelando investimentos, reduzindo capacidade e
cortando custos. Estas mesmas companhias, agora, estão operando tranquilamente e
em baixa velocidade, analisando seus mercados, clientes e concorrentes. “Este é o momento
para movimentos estratégicos fundamentais e inteligentes”, enfatiza o executivo.
Ainda de acordo com a análise da Roland Berger, as companhias brasileiras devem
trabalhar para se tornarem líderes mundiais nos mais diversos segmentos. Para auxiliar as
empresas nesta tarefa, a consultoria revela os sete passos essenciais para alcançar o
sucesso. São eles: manter o foco em crescimento com rentabilidade, alinhar a estratégia
corporativa a um ambiente em transformação, inovar e investir em novos modelos de negócio,
consolidar a empresa em escala internacional, garantir acesso ao mercado de capitais,
repensar o papel do corporate headquarter e se transformar em um verdadeiro player global.
“Os líderes mundiais não podem e não ficarão parados. Eles buscam novas oportunidades,
reinventando seus modelos de negócios e realinhando suas estruturas corporativas”, destaca
Dantas. Não há espaço para dúvidas ou falta de iniciativa. Sendo assim, as companhias
brasileiras precisam inovar e investir em pesquisa e desenvolvimento, além de incentivar
a evolução de seus profissionais. A redefinição da posição competitiva futura do Brasil
deve ser agora, enquanto os concorrentes internacionais se preocupam com corte de custos.
domingo, 18 de julho de 2010
MBTI ( Myers Briggs Type Indicator), inventário americano muito bom.
A dica principal para responder é a seguinte:
"Escolha a alternativa que você PREFERE, sem se importar com o que os outros acham. A primeira resposta que lhe vier à cabeça é, de certa forma, a mais original". O relatório aparece na hora e vem com as principais profissões que se adequam ao seu tipo psicológico.
http://sites.mpc.com.br/
quarta-feira, 14 de julho de 2010
Por que os funcionários se demitem?
Em toda a minha carreira, venho observando que a maioria das pessoas demitem-se de seus chefes e não da organização em que trabalham. Tal observação é validada pela pesquisa do Instituto Gallup que demonstra que 66% dos funcionários se demitem dos seu chefes e não da corporação que as contratou.
O fato é que muitos gestores desmotivam profundamente seus funcionários. Como disse Eugênio Mussak em um curso que participei: a motivação humana está ligada a dois fatores básicos - obter prazer e evitar sofrimento. Se um líder faz sua equipe sofrer com atitudes autoritárias e rudes, as pessoas se demitem para evitar o sofrimento – ou melhor, demitem o chefe TÓXICO de suas vidas.Mas quais atitudes do líder levam a essa reação tão drástica dos colaboradores? Recorro agora ao Livro de Ouro da Liderança de John Maxell, onde são apontados quatro fatores que levam as pessoas a desistirem de seus chefes:
1. As pessoas desistem de quem as desvaloriza
Há chefes que parecem incapazes de elogiar os colaboradores por um trabalho bem feito, negando-lhes o prazer de serem reconhecidos. Pergunto a você LÍDER: Você sente prazer quando o seu chefe lhe reconhece por um trabalho bem feito ? Não tenho dúvidas que sim. Portanto, acredite, o seu liderado também fica muito motivado com isto.
2. As pessoas desistem de quem não é confiável
Uma pesquisa realizada em empresas americanas indica que a confiança no ambiente trabalho está em declínio. O estudo destacou cinco comportamentos dos líderes que destroem a confiança dos liderados:
• Agir de modo incoerente com o que diz
• Obter vantagens pessoais
• Sonegar informações
• Mentir ou contar meias-verdades
• Ter mentalidade fechada3. As pessoas desistem de quem é incompetente
Pode o colaborador ter respeito por um chefe incompetente, que se impõe pela força em vez do exemplo? Vejamos o que nos diz a “lei do respeito”, extraída do livro As 21 Irrefutáveis Leis da Liderança: “As pessoas seguem naturalmente os líderes que demonstram serem mais fortes que elas”. Um colaborador que, por exemplo, tem capacidade de liderança grau 7 não seguirá um líder que tem grau 4. Aprimore sua competência da liderança.
4. As pessoas desistem de quem é inseguro
É muito fácil identificar um líder inseguro. Basta verificar se ele está preparando alguém para sucedê-lo. Pessoas querem líderes que as estimulem a alçar vôos; anseiam por mentores que as auxiliem a desenvolver seu potencial.
Diante do que foi exposto neste artigo, nós, líderes, temos muito a refletir. Será que estamos fazendo nossos liderados sofrerem com nossas atitudes? Estamos realmente lhes proporcionando condições de trabalho? Ou será que nossos comportamentos os estão fazendo ir embora e levar consigo o conhecimento adquirido na empresa e os frutos do investimento em suas competências?
Sugiro que você peça à sua equipe um feedback sobre os quatro fatores que fazem as pessoas desistir de seus chefes. Descubra se você proporciona prazer ou sofrimento a aqueles que passam 8, 10 ou até 14 horas em sua companhia.
segunda-feira, 12 de julho de 2010
Guy Kawasaki "The Art of the Start" @ TiECon 2006
Broken Windows
Duas viaturas idênticas abandonadas, dois bairros com populações muito diferentes e uma equipe de especialistas em Psicologia Social estudando as condutas das pessoas em cada sítio.
Resultou que a viatura abandonada em Bronx começou a ser vandalizada em poucas horas. Perdeu as rodas, o motor, os espelhos, o rádio, etc.
Levaram tudo o que fosse aproveitável e aquilo que não puderam levar, destruiram.
Contrariamente, a viatura abandonada em Palo Alto, manteve-se intacta.
É comum atribuir à pobreza as causas de delito. Atribuição em que coincidem as posições ideológicas mais conservadoras, (da direita e esquerda).
Contudo, a experiência em questão não terminou aí, quando a viatura abandonada em Bronx já estava desfeita e a de Palo Alto estava há uma semana impecável, os investigadores partiram um vidro do automóvel de Palo Alto.
O resultado foi que se desencadeou o mesmo processo que o de Bronx, e o roubo, a violência e o vandalismo reduziram o veículo ao mesmo estado que o do bairro pobre. Por que o vidro partido na viatura abandonada num
bairro supostamente seguro, é capaz de disparar todo um processo delituoso?
Não se trata de pobreza. Evidentemente é algo que tem que ver com a psicologia humana e com as relações sociais.
Um vidro partido numa viatura abandonada transmite uma ideia de deterioração, de desinteresse, de despreocupação que vai quebrar os códigos de convivência, como de ausência de lei, de normas, de regras, como que vale tudo.
Em experiências posteriores (James Q. Wilson e George Kelling), desenvolveram a 'Teoria das Janelas Partidas', a mesma que de um ponto de vista criminalístico, conclui que o delito é maior nas zonas onde o descuido, a sujidade, a desordem e o maltrato são maiores.
delito.
Se se cometem 'pequenas faltas' (estacionar em lugar proibido, exceder o limite de velocidade ou passar um semáforo vermelho) e as mesmas não são sancionadas, então começam as faltas maiores e logo delitos cada vez
mais graves.
Se os parques e outros espaços públicos deteriorados são progressivamente abandonados pela maioria das pessoas (que deixa de sair das suas casas por temor a criminalidade) , estes mesmos espaços abandonados pelas pessoas
são progressivamente ocupados pelos delinquentes.
A Teoria das Janelas Partidas foi aplicada pela primeira vez em meados da década de 80 no metrô de Nova York, o qual se havia convertido no ponto mais perigoso da cidade. Começou-se por combater as pequenas transgressões:
grafitis deteriorando o lugar, sujidade das estacões, ebriedade entre o público, evasões ao pagamento de passagem, pequenos roubos e desordens.
Os resultados foram evidentes. Começando pelo pequeno conseguiu-se fazer do metrô um lugar seguro.
Posteriormente, em 1994, Rudolph Giuliani, prefeito de Nova York, baseado na Teoria das Janelas Partidas e na experiência do metrô, impulsionou uma política de 'Tolerância Zero'.
convivência urbana.
A expressão 'Tolerância Zero' soa como uma espécie de solução autoritária e repressiva, mas o seu conceito principal é muito mais a prevenção e promoção de condições sociais de segurança.
Não é tolerância zero em relação à pessoa que comete o delito, mas tolerância zero em relação ao próprio delito. Trata-se de criar comunidades limpas, ordenadas, respeitosas da lei e dos códigos básicos da convivência social humana.