Páginas

quarta-feira, 21 de julho de 2010

B2B magazine » Negócios » Estudo aponta escassez de investimentos em inovação no Brasil

Estudo aponta escassez de investimentos em

inovação no Brasil

Por: Redação
Data: 16/07/2010

O Brasil precisa investir mais em inovação para alcançar uma posição sustentável e consolidada

entre as principais economias globais. Esta é a conclusão do mais novo estudo da

Roland Berger Strategy Consultants, uma das maiores e mais conceituadas consultorias em

gestão empresarial do mundo. Intitulado “A década do Brasil”, o trabalho analisa o desempenho

da economia do País e quais são os pontos de melhoria para alavancar o crescimento nacional.

“O potencial do Brasil é baseado em fortalezas únicas e grandes oportunidades”, avalia o

co-managing partner da Roland Berger, Rodrigo Dantas. De acordo com o executivo, o País

apresenta uma combinação única de quatro fatores para promover um crescimento

econômico sustentável: demanda doméstica, mercado de capitais, política e programas de

infraestrutura.

Se por um lado o cenário econômico favorece o crescimento do Brasil, os investimentos

em inovações não são suficientes para sustentar o desenvolvimento. A falta de incentivos

já apresenta impactos negativos. De acordo com o Global Innovation Index 2010, o País caiu

da 50ª para a 68ª posição no ranking mundial de inovação de 2010. Dentre os países da

América Latina, foi apenas o 7º colocado, comparado à 3ª colocação no último ano.

“Em 2009, no grupo dos países do BRIC, obtivemos o pior resultado”, alerta Dantas.

Para estimular as inovações, é necessário que haja esforços conjuntos entre os setores

público e privado. Fica sob responsabilidade do Governo o estímulo à criação de

pólos tecnológicos e redes de cooperação entre empresas e universidades, além da promoção

de classes e cidades criativas. A função das empresas é incentivar a superação das

barreiras à inovação por parte de seus CEOs e demais colaboradores.

Por que investir em estratégia e inovação?

Na visão de Rodrigo Dantas, no início de 2010, muitas empresas reagiram rapidamente e

de forma decisiva durante a crise, cancelando investimentos, reduzindo capacidade e

cortando custos. Estas mesmas companhias, agora, estão operando tranquilamente e

em baixa velocidade, analisando seus mercados, clientes e concorrentes. “Este é o momento

para movimentos estratégicos fundamentais e inteligentes”, enfatiza o executivo.

Ainda de acordo com a análise da Roland Berger, as companhias brasileiras devem

trabalhar para se tornarem líderes mundiais nos mais diversos segmentos. Para auxiliar as

empresas nesta tarefa, a consultoria revela os sete passos essenciais para alcançar o

sucesso. São eles: manter o foco em crescimento com rentabilidade, alinhar a estratégia

corporativa a um ambiente em transformação, inovar e investir em novos modelos de negócio,

consolidar a empresa em escala internacional, garantir acesso ao mercado de capitais,

repensar o papel do corporate headquarter e se transformar em um verdadeiro player global.

“Os líderes mundiais não podem e não ficarão parados. Eles buscam novas oportunidades,

reinventando seus modelos de negócios e realinhando suas estruturas corporativas”, destaca

Dantas. Não há espaço para dúvidas ou falta de iniciativa. Sendo assim, as companhias

brasileiras precisam inovar e investir em pesquisa e desenvolvimento, além de incentivar

a evolução de seus profissionais. A redefinição da posição competitiva futura do Brasil

deve ser agora, enquanto os concorrentes internacionais se preocupam com corte de custos.

Nenhum comentário:

Postar um comentário